‘O Marzão naufragou’

A partir desta quinta-feira, um clique em www.marsemfim.com.br oferecerá ao navegante 45 horas de documentários, cerca de 4 mil fotos, mapas, dezenas de entrevistas com professores universitários, ambientalistas, técnicos do governo e gente simples e sofrida, os nativos.

O navegante ainda pode escolher outro destino, a Antártica. Esta expedição, que o levará à Ilha Rei George, onde está a base brasileira, resultou em cinco horas de documentários.

O criador do site e autor de todo o material é João Lara Mesquita, da família fundadora do jornal O Estado de S. Paulo. Apaixonado pelo mar desde criança, esse foi seu caminho natural quando deixou o comando da Rádio Eldorado, de São Paulo, em 2003.

“Acordo pouco depois das 8 da manhã. Nem bem saí do beliche quando Plínio (um dos tripulantes) voltou lá de fora, arrasado, e me abraçou. ‘O Marzão naufragou’, disse, ‘só a proa está de fora’. Foi um choque terrível. Um golpe. Um direto no queixo.”

Foi assim que o jornalista e ex-diretor da Rádio Eldorado, João Lara Mesquita, de 56 anos, descreveu o instante em que soube do naufrágio do barco Mar Sem Fim, ocorrido na madrugada de sábado na Antártida, próximo à Baía de Fields. Mesquita, capitão do barco, e a tripulação, formada por Plínio Romeiro Júnior, de 58 anos, Alonso Irineu Góes, de 65, e Manoel de Souza, de 35, haviam sido resgatados na quinta-feira por marinheiros da base chilena local.

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