Rumo ao Sul : Dia 3 (Praia Grande-SC)

Praia Grande fica a 300km de Floripa, cerca de quatro horas de viagem de carro nas condições atuais da estrada. Na época, a estrada que liga a BR101 ao centro estava em ótimas condições, mas é comum essa situação mudar bastante quando chove muito na região. Informe-se na Secretaria Municipal de Turismo nos tels. (54) 3251.1320 / 3251.1557 antes de visitá-la.

A cidade é bastante simples, com centro pequeno, pouca oferta de serviços e estrutura enxuta. Não tem o charme da vizinha Cambará do Sul, mas por esse mesmo motivo é bem mais econômica. Praticamente não há vida noturna, exceto por alguns pequenos bares e pizzarias, que só tem algum movimento aos fins de semana e na temporada. Também pudera, a temperatura média anual é de 19 graus e o índice pluviométrico é de 1400 a 1600 mm/ano, nem um pouco convidativos depois das 18h, quando as ruas ficam desertas e a temperatura cai tranquilamente para baixo dos 8 graus.

Nossa base ali foi montada no Hotel e Restaurante do Sérgio. Depois de bastante procurar (e azucrinar a garota que atendia no Centro de Informações Turísticas) optamos pelo estabelecimento desse simpático catarinense, que nos atendeu com bastante zelo e forneceu boas informações sobre a região. O hotel é a típica opção mão-de-vaca na cidade: tem estacionamento privativo, suítes com banho quentinho, de decoração simples e agradável e com ótima vista para os paredões. Fica na Av. Irineu Bornhausen, 449, Centro (tel. 48-3532-0191). O quarto sai por 60 reais a diária com um bom café da manhã incluído. O hotel também serve jantar ( opcional) e dispõe de serviços de agendamento e turismo com guias da região, o que é ótimo para quem está sem transporte. Caso você se hospede em outro local (há opções para todos os gostos e bolsos), agende seu transporte com os guias pelo tel  (48) 532-1414, pois não há serviço de ônibus para as atrações.

O centro da cidade é pequeno e mal sinalizado. O ideal é buscar informações no Centro Turístico e perguntar aqui e ali, confirmando algumas informações contraditórias das poucas placas de sinalização. Com sorte  é possível avistar tucanos, gralhas azuis,  papagaios, gatos selvagens e graxains, especialmente nas estradas vizinhas, portanto, vá devagar e procure não “causar” na estrada para ser agraciado com a visita dos belos animais. E vamos ao que interessa!

trilha inicia em frente ao Pórtico Gralha Azul (entrada para Cânion Itaimbezinho). Do outro lado da estrada, cruza-se uma porteira e, mais adiante, um rio. Até a Fazenda Malacara são 4 quilômetros (aqui o melhor é pedir permissão ao Capataz para continuar a caminhada). Dali são mais 7 km de caminhada pelos campos até o Cânion Malacara e mais 2 km até o Churriado. Para chegar ao Cânion Fortaleza, caminha-se mais 10 km.
Trilha fechada a visitação por determinação do IBAMA

 Cânion Malacara © Renato Grimm

Trilha moderada a difícil, ideal para fazer em três dias.
Para quem não dispõe de tanto tempo, a opção é caminhar até o cânion Malacara e retornar no mesmo dia.
Em 5 horas, percorre-se os 22 quilômetros (ida e volta).
Dica: Nas duas opções é aconselhável o acompanhamento de guia ou o uso de uma bússola ou GPS, pois, se ocorrer a viração, você pode se perder com muita facilidade

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Rumo ao Sul : Dia 2 (Bombinhas-SC a Praia Grande-SC)

Rumo aos cânions !!

Mas não foi fácil. De Bombinhas a Floripa são 70 km bastante tranquilos, mas daí para frente é pista simples, em obras e com pouquíssimos pontos de ultrapassagem por cerca de 160 km até Tubarão. Fiz o trecho todo debaixo de uma tempestade sem precedentes, desviando de caminhões dirigidos por loucos, motos ziguezagueando ameaçadoramente entre os carros e tratores removendo sujeira e entulho da pista, que surgiam a todo momento nos trechos mais inusitados da estrada. Com visibilidade quase zero e obras para todo lado, aquele trecho em manutenção mais parecia uma zona de guerra. Felizmente, as obras hoje e dia já estão em fase final e o problema em breve deve desaparecer. De São Paulo a Tubarão foram 818km.

Depois é só seguir em direção ao Rio Grande, passando pela cidade de Araranguá. A dica aqui é ficar esperto assim que passar a cidade de Sombrio: poucos quilômetros à frente está a saída para Praia Grande-SC, que estava sem qualquer sinalização em maio de 2009.

Aqui, o motorista tem que decidir qual rota seguir. São duas opções:

1. Passeio de Tia: Passar direto por Praia Grande, seguir até Torres (já no Rio Grande) depois mais 43km até Terra de Areia (não deixe de experimentar um abacaxi por ali, especialidade dos caras) onde dobra-se a direita na RS-453 ( Rota do Sol). São 55 km até o trevo que dá acesso a Cambará do Sul, onde dobra-se à direita na RS-020, faltando apenas 34 km. Todo esse trecho tem 132km de asfalto bem cuidado. Importante: a partir de Torres, a BR-101 tem outro trecho em obras, o que requer atenção redobrada. Porém, a Rota do Sol compensará todo o esforço com suas belíssimas curvas e paisagens de tirar o fôlego. De Torres a Cambará são aproximadamente duas horas e meia de viagem.

2. Na Coragem: A outra alternativa é atacar os cânions logo de cara, adentrando Praia Grande. Até o centro da cidade é tudo asfaltado, depois a estrada é de chão e piora logo à frente: todo o leito carroçável da Serra do Faxinal é revestido de pedras soltas. A paisagem é exuberante, porém a estrada exige muita atenção e sobretudo paciência. Evite este caminho durante a noite e com neblina, especialmente se tiver chovido. Até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra, onde fica o Cânion Itaimbezinho, são cerca de 20 km. Depois, até o centro de Cambará, mais 20km na mesma qualidade. Dirigindo com prudência e muito cuidado, qualquer carro vence o Faxinal, mas é recomendável informar-se previamente sobre as condições da estrada na Secretaria Municipal de Turismo nos tels. (54) 3251.1320 / 3251.1557 (boa sorte!).

Qual escolhemos? Praia Grande na cabeça!

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