Society, you’re a crazy breed – parte 2

ATUALIZADO!ATUALIZADO EM 26/06/2020

(original de 24/03/2008)

Uma semana já se passou e eu ainda estou colhendo os frutos de Na Natureza Selvagem.

Li bastante sobre o filme, talvez mais comentários bons do que ruins no mainstream, mas seguramente mais comentários ruins do que bons no underworld. Fiquei pensando em como posso ter gostado tanto do filme enquanto alguns o intitulam como “bomba do ano”. Talvez eu tenha um pouco de Chris aqui dentro e esse pessoal se pareça um pouco mais com os pais dele. Não deixa de ser interessante o paralelo com a vida real, principalmente num filme que fala sobre a vida e nosso jeito de encará-la. Filosofia neo-hippie a parte, a história me instigou a puxar da velha estante um Jack London qualquer.

Pra variar, eu não volto a ler coisas como O Chamado da Selva, Caninos Brancos ou O Lobo-do-Mar. Acabo sempre revendo os contos, flashes inquietantes de consciência e retomada de humor, verdadeiras fagulhas de espírito que te levam a lugares, fatos e personagens já distantes, mas que um dia significaram muito para mim. Se você concorda, recomendo vividamente a edição de 2005 da editora Expressão Popular, cujas obras são facilmente encontradas em tudo quanto é site, sebo ou buraco por ridículos quinze mangos. Duzentas e quarenta e oito páginas depois, garanto que você terminará o livro com a mente mais liberta. Não falo das idéias socialistas ou das aventuras duvidosas, mas de questões que você tem dentro de você e que nunca foram respondidas com sinceridade. Vai encontrar algumas lá e vai se identificar.

Não acho que exista uma só alma capaz de cometer a saga de Chris nas mesmas condições que ele, mas julgo uma experiência singular ao menos questionar como seria realizar uma coisas destas. E London seguramente serviu de inspiração com toda a sua sinceridade, paixão e entusiasmo. Seus contos forçam a reflexão sobre o tipo de vida que levamos, que queremos, que deixamos de levar. Não espere divagações existenciais complexas ou teses sociais mistificadoras em linguagem rebuscada. London é honesto e te diz logo se você vai encontar o que procura nas loucuras que ele te conta. Vai lá, tá tudo nas maquininhas do metrô, no submarino, nos sebos do centro etc. E se gostar, pode começar a pesquisar mais aqui .

Pra fechar, se você ainda não ouviu, a trilha sonora do filme é tão boa, quanto controversa. Bem a cara do Christopher J. McCandless…

Atualização:

Into The Wild: ônibus icônico é removido de local no Alasca por segurança

Leia mais sobre isso aqui

 

 

Share

2 comentários em “Society, you’re a crazy breed – parte 2”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *