Guia de Belém do Pará: sua porta de entrada para a Amazônia

ATUALIZADO! Atualizado em 27/05/2020

Mochileiro, chegou sua vez de conhecer o Norte do país!

Visitar Belém é topar com a história em cada esquina, com a Amazônia em cada prato e com a brasilidade em cada bate-papo. A magnífica gastronomia belenense, os cheios e sabores do Ver-o-peso – o maior mercado ao ar livre da América Latina – a diversidade e beleza da Estação das Docas, com todo seu movimento de bares, restaurantes, lojinhas e atrações culturais encantam qualquer um. Belém tem atrações para todos os gostos e bolsos e é provavelmente a capital brasileira que mais se preparou para receber visitantes nos últimos tempos, revitalizando uma infinidade de pontos turísticos.

Tão desconhecida da maioria dos brasileiros, quanto era de Francisco Caldeira Castelo Branco, quando aportou na região em 1616, Belém é uma incrível singularidade luso-brasileira cravada entre rios e selvas amazônicas. O local onde fundeou Castelo Branco, na foz do rio Guajará, até hoje guarda vestígios do quadrilátero feito de taipa de pilão edificado à época. Tais restos estão expostos no museu localizado dentro do histórico Forte do Castelo, ao redor de onde a povoação, à época denominada Feliz Lusitânia, começou a crescer.

O navegador português chegou à região com a  missão de afastar os corsários que ameaçavam nosso litoral norte. Depois dele vieram padres jesuítas, colonos portugueses, invasões inglesas, holandesas e francesas, uma grande leva de agricultores açorianos e por fim o esplendor que o grande ciclo da borracha trouxe para a região, materializado pelo belíssimo prédio do Teatro da Paz.

Se você ainda não conhece o norte do país e quer uma opção segura para introduzir a Amazônia na sua vida, procura um destino vibrante, de grande expressão cultural e gosta de experimentar coisas novas, Belém é a sua cara!

Quanto tempo ficar e o que fazer

Belém cabe direitinho em quatro dias se você gostar de bares, restaurantes, parques, museus e banhos de rio. Diferentemente de Manaus, nossa outra grande cidade amazônica,  a maioria das atrações não fica a mais de 5 quilômetros ou vinte minutos de Uber. Para quem gosta de caminhar e economizar, essa vantagem não tem preço.

Caso tenha menos tempo, considere focar nos arredores da Estação das Docas  e nos restaurantes e bares mais centrais, provavelmente sua maior virtude. A capital paraense tem certamente a gastronomia mais rica e original do país – uma deliciosa mistura da culinária luso-brasileira com toques indígenas e africanos.

Nos arredores, numa estadia mais longa, ainda se pode visitar a Ilha de Marajó, pegar uma praia em Mosqueiro, tomar banho de rio em Marituba e daí partir para conhecer o segundo maior Estado do Brasil em extensão territorial. Falaremos disso no futuro.

Eleita a cidade mais criativa do mundo em 2015 pela UNESCO , Belém ostenta pratos como pato no tucupi, maniçoba e tacacá, temperos incríveis como a pimenta de cheiro, a chicória-do-pará e o jambú , assim como sucos, doces e sorvetes feitos com frutas amazônicas como açaí, cupuaçu, pupunha e bacuri. Isso sem falar na castanha do Pará e na infinidade de peixes amazônicos, cuja maior estrela é certamente o delicioso”filhote”, o maior peixe de couro de água doce brasileiro . Há opções para todos os gostos e bolsos. Para saber mais sobre o assunto, veja algumas das centenas de reportagens específicas já feitas sobre o assunto aqui, aqui e aqui. É de dar água na boca, não? Cada vez mais os brasileiros estão viajando a Belém com o intuito principal de aproveitar sua gastronomia. Que tal procurar aquela promoção de passagem aérea e passar um fim de semana por lá?

Outra grande vantagem do destino é a possibilidade de desfrutar do convívio com a natureza com segurança e praticidade, pois há opções de lazer ao ar livre dentro da própria cidade. Parques, praças e passeios de barco estão à disposição para quem nunca foi à selva amazônica, mas tem vontade de conhecer suas atrações sem enfrentar longos deslocamentos ou privações. Em apenas um dia é possível conhecer uma síntese do ambiente amazônico no coração da capital paraense, visitando locais como o Mangal das Garças e o Parque do Museu Emílio Goeldi. Sem dúvida, Belém é uma ótima oportunidade para ser “iniciado” na cultura e ecoturismo da Amazônia.

Para entrar no clima, conheça o novíssimo podcast Histórias de Belém, do historiador paraense Michel Pinho, sobre história, indigenismo, arte, cultura e patrimônio da capital do Pará.

Quando Ir

A temperatura em Belém varia de 24 °C a 32 °C durante o ano e raramente é inferior a 23 °C ou superior a 33 °C.  Chove bastante de dezembro a maio, o chamado “inverno amazônico”, sendo março e abril os meses mais chuvosos (mais de 300mm – é bastante).

Para aproveitar melhor, a melhor época do ano é do fim de junho a meados de outubro, quando geralmente chove apenas no fim da tarde e a temperatura é ótima para atividades ao ar livre e na água. Mas se você preferir o fim do ano, tenha em mente que Belém é bem estruturada, ambientes climatizados são regra pela cidade toda e com o calor sempre presente, nem sempre chuva é sinônimo de transtorno. Não deixe de ir.

Onde ficar e como circular

Chegamos àquele momento tenso de separar homens dos meninos. Ou mochileiros corajosos do turista comum. Se você puder pagar e/ou prefere ficar na área mais nobre, moderna e cosmopolita de Belém, recomendo ficar no Umarizal. Ali, a opção mais procurada atualmente é o Mercure da rede Arcor, com terraço bacana, piscina, sauna e quartos muito confortáveis. No entorno, há opções mais em conta como o Radisson, Soft, Ibis Styles e Manacá. Todos muito confortáveis, bem avaliados, contam com ar condicionado e referenciados em ordem decrescente de preço.

Por gosto pessoal, sempre a fim de viver o lado mais real e impactante das cidades que visito e testar o esquema mais econômico possível com algum conforto, preferi ficar no centro histórico. Por quê? A chamada Cidade Velha é o bairro onde surgiu Belém, a partir do seu descobrimento em 1616. Possui cerca de 2.800 edifícios históricos incríveis, desde sobrados com azulejos portugueses a suntuosos palacetes, muitos deles protegidos e tombados pelo IPHAN. Estão mal conservados? Estão. Mas há vários deles já restaurados e ainda que não o fosse, vale conhecer o fascinante charme dessas construções antigas, ainda que decadentes, espalhadas entre prédios modernos por onde corre a vida belense. Os casarões da época do Ciclo da Borracha (1800/1900) exprimem uma aura única da época que promoveu o luxo e a cultura européia no Brasil tropical de um jeito que não ocorreu em nenhum outro lugar do mundo e provavelmente não se repetirá na história.

Depois de uma extensa pesquisa atrás do melhor custo-benefício do coração da cidade, o campeão foi o hotel Go Inn Belém. Muito prático para o turista curioso, o hotel fica a dez minutos de caminhada do mítico mercado Ver-o-Peso e sua vizinha Estação das Docas , tendo o restaurante Point do Açaí – um dos mais conhecidos em Belém no caminho. Em quinze minutos chega-se ao Complexo Feliz Lusitânia, com a Casa das Onze Janelas (exposições) Corveta Solimões (navio da marinha ancorado na orla, transformado em museu) e o Forte do Presépio  (marco histórico da colonização da região e que ainda abriga um incrível museu arqueológico) . Caminhando pelo mesmo tempo no sentido oposto, chega-se ao belíssimo Teatro da Paz e sua imponente Praça da República. De Uber, por menos de R$10 é possível ir ao Espaço São José Liberto (museu joalheiro, ourives e lojas de artesanato) ao magnífico parque amazônico Mangal das Garças (fomos à pé em trinta minutos) e aos mais variados bares e restaurantes. Ao aeroporto e ao Parque Estadual Utinga o Uber sai por volta de R$15.



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O Go Inn Belém é ideal para quem pretende dormir com segurança e o conforto de uma boa cama, num quarto limpíssimo e sem cheiro de mofo, banho agradável,  ar-condicionado silencioso, frigobar, espelhos e aquelas soluções para colocar malas e pendurar roupas que a gente tanto curte. Não ouvimos barulhos à noite e dormimos bem as quatro noites que passamos lá na semana santa de 2019.

Mas e a segurança? O entorno fica deserto à noite, mas por ser uma área comercial, de dia é como o centro de qualquer cidade grande: muito movimento e relativa segurança, desde que se observe os cuidados a serem tomados em qualquer grande cidade do mundo: evitar expor jóias, relógios e celulares à toa. O fato é que escolher ficar ali te permite andar à pé sob o sol, sem gastar um centavo de real com transporte. À noite, quando sair para curtir, basta chamar um Uber sem sair do conforto do lobby do hotel por uma quantia irrisória.

Bem ao lado há um excelente restaurante vegetariano chamado Govinda e três quadras à frente está a DeliCidade,  padaria/mercado onde se pode tomar café da manhã e comprar mantimentos diversos. Perfeito para quem quer economizar e não abre mão do conforto. Aos que preferirem, também há buffet de café da manhã no hotel, mas devido as qualidades gastronômicas de Belém, optei por fazer um café rápido e aproveitar para almoçar e jantar.

Por fim, há outras opções na mesma área, com vantagens de localização similares e bem mais baratas, no geral estabelecimentos mais antigos e muito simples, quase todos com um  problema comum nas cidades amazônicas, pouco abordado na maioria dos blogs e sites turísticos: o cheiro de mofo. Se isso não é um problema para você, ótimo. Pode ficar, inclusive, no histórico Atrium – Quinta de Pedras, bem ao lado do Mangal das Garças, a uns quinze minutos à pé da Cidade Velha.

Comer e beber

Na época do Império Colonial Português, a sentença mais comum imposta àqueles acusados de bruxaria era o exílio no Brasil, o que aliado a abundância de material natural na região amazônica, propiciou aos milagreiros e santarrões expandir suas habilidades. Hoje, as garrafadas, compostos, temperos e misturas à venda nas cercanias do Ver-o-Peso são a expressão viva desse amálgama entre o conhecimento fitofarmacológico dos povos originários e o ofício curandeiro português. Provas e compras são mais que obrigatórias para quem gosta de experimentar! Retorno ao tema no roteiro mais à frente.

Quanto à singular gastronomia belenense, sua base é da cultura indígena, transformada pela hábil cozinha portuguesa e francesa, acrescentada da ancestral arte africana de empratar a terra. Há quem identifique pitadas árabes, sírio-libanesas e até japonesas nos pratos tradicionais. O acervo de ingredientes é vastíssimo, fruto da exuberante natureza amazônica. Mandioca nas suas mais variadas formas e dezenas peixes de rio, um mais saboroso que o outro, formam a base da gastronomia amazonense. Camarão, caranguejo, marisco, aves, pato, carnes de caça e uma infinidade de frutas típicas – sendo o açaí e o cupuaçu as grandes estrelas – multiplicam as possibilidades. As castanhas, as folhas (maniva, chicória, coentro) e as pimentas e suas misturas (murupi, itaperri, zacuite, baniwa, jiquitaia) estão sempre presentes, à parte ou na alma do prato.

Quanto ao restaurantes, as opções são para todos os bolsos e gostos. Certamente, a grande estrela da gastronomia local é o Remanso do Bosque, casa  dos irmãos Thiago e Felipe Castanho – o único restaurante brasileiro na lista dos 50 Melhores da América Latina que está fora do eixo Rio-São Paulo. Restaurante requintado, que executa desde pratos modernos como  dadinhos de tapioca com pirarucu defumado e queijo coalho com melaço de cupuaçu a clássicos regionais como tambaqui do Amazonas assado na brasa com purê de abóbora assada e tropeiro de feijão caupi. Os individuais começam em R$70 e o menu degustação custa R$150.

Ainda no topo da lista, o Manjar das Garcas, dentro do Mangal das Garças, que tem o buffet regional mais incrível da cidade (R$ 65 no almoço, com jantar é à la carte). Tão bom quanto, o famoso Lá em Casa  fundado pelo renomado chef Paulo Martins (1946-2010), tem pratos premiados como pirarucu com salada de feijão-manteiguinha de Santarém (variedade exclusivo do oeste paraense) e farofa molhada com leite de coco e filhote no leite de castanha-do-pará” (R$64,90).

Para mergulhar na cultura da mesa paraense sem gastar muito, não há nada como um tacacá de rua no Tacacá da Maria (R$13) ou um filhote com açaí no Point do Açaí  (R$70, para dois) onde você desfruta de um prato incrível, num ambiente acolhedor e leva de bônus uma aula de cultura regional. Pro happy hour, ali do lado, qualquer restaurante/bar da Estação das Docas serve, mas não deixe Belém sem experimentar o queijo do marajó na chapa ou o filhote com crosta de castanha e arroz de jambu do Amazon Beer. As cervejas eu nem preciso comentar. Inusitadas, deliciosas, refrescantes…

Se o teu negócio é unir gastronomia a natureza, não deixe de pegar um barquinho pra conhecer o Saudosa Maloca na Ilha do Combú.  Se estiver cheio demais para seu gosto, peça ao barqueiro para te levar ao fundo do igarapé e almoce no Chalé da Ilha. A alma lavada de banho de rio é grátis.

Meu preferido? Peixaria Amazonas. Filhote frito servido no tucupi, camarão regional no bafo, ceveja geladíssima, preço justo e atendimento cordial, eficiente e sem frescura. Fora do eixo turístico mas a uma curta corrida do centro, é a melhor opção para quem quer comer bem, gastar pouco e ninguém vai ligar pro seu cabelo despenteado, a berma e o chinelo depois de um dia de curtição. E de lá, uma caminhada de apenas cinco minutos te leva à melhor sorveteria regional de Belém: a Maioca. Há quem indique apenas a famosa (e também muito boa) Cairu, espalhada em vários pontos da cidade, mas vá por mim, a Maioca é mais raiz.

Mas o que pedir?

Tudo começa no café da manhã. A chamada “tapioquinha” feita de goma de mandioca ralada e umedecida é a base do desdejum paraense. Não raro, lhe faz companhia o cuscuz de milho e o beiju, este último feito da massa grossa da mandioca, assado no tacho onde se faz a farinha. Ainda pela manhã, mingaus de tapioca, milho branco, banana ou açaí abrem os trabalhos.  E tem também a pupunha, fruta arredondada da palmeira que dá o famoso palmito pupunha que se encontra também no resto do Brasil. As coloridas frutinhas (amarelas, verdes, laranjas, vermelhas) são consumidas cozidas com açúcar, mel ou melaço e servidas com café preto.

Dos pratos mais consumidos no Pará, certamente a estrela internacional, é o Pato no Tucupi. A carne é cozida diretamente nesse caldo amarelado, produzido a partir de vinte e quatro horas de fermentação da mandioca e mais quarenta minutos de fervura. Tal preparo é necessário pois a base é uma variedade do tubérculo conhecida como “mandioca brava”, que tem alta concentração de ácido cianídrico, que precisa ser eliminado no processo por ser tóxico ao se humano. O caldo é comumente temperado com sal, alho, chicória , pimenta de cheiro e jambú (erva local de sabor único que ao ser degustada provoca leve dormência nos lábios).

Além do pato, o tucupi acompanha massas, molhos e é a base de outro  prato típico, o tacacá. Trata-se de uma sopa quente, feita com tucupi, goma de amido de milho, jambú e camarão seco. Servido numa cabaça, faze-se uma base com a goma, depois o tucupi, o jambú temperado e os camarões a gosto. O clássico é servido por tacacazeiras em pequenas carrocinhas nas esquinas de Belém, sempre com molho de pimenta de cheiro a base de tucupi (presente também em 10 de cada 10 restaurantes amazônicos) à parte. O prato pode ser encontrado hoje em dia em shoppings e até redes especializadas em Belém, Manaus e Santarém.

Outro prato bastante popular é a maniçoba . Feitas com as folhas da planta da mandioca moídas e cozidas por incríveis quatro dias! No quinto, acrescenta-se carnes de porco, sal e louro, como na feijoada.  Comumente é servida com arroz branco, farinha d’água (uma espécie de farinha seca, crocante e levemente ácida) e molho de pimenta de cheiro à parte.

Arroz de pato, caruru, vatapá, caldeirada de filhote (peixe amazônico delicioso), pirarucu de casaca (maior peixe de água doce do mundo, servido frito em pedaços com farofa de castanha do Pará , bananas fritas, batata palha e arroz branco), bolinho de pirarucu/piracuí, peixe moqueado (assado no “moquém”, uma grelha armada sobre um braseiro de chão), peixe com açaí (falo dele mais à frente) e uma infinidade de sorvetes à base de chocolate local e de frutas amazônicas compõe esse paraíso gastronômico tropical.

Peixes? Filhote, pirarucu, tambaqui e tucunaré – muito prazer. Esses são os peixes mais nobres da Amazônia brasileira, certamente alguns dos exemplares mais saborosos do Brasil e muito procurados por chefs e entusiastas do mundo todo. O filhote é o mais apreciado em Belém, mas se tiver chance, não deixe de apreciar os demais. Nunca se sabe quanto tempo mais resistirão à predação desenfreada.

Para beber, não faltam opções. Não deixe de provar as cervejas leves, refrescantes e saborosas da Cerpa (Cervejaria Paraense, de 1966), as exóticas geladas da Amazon Beer à base de frutos e iguarias naturais típicas da Amazônia e também as cachaças com jambú, que além de terem boa qualidade do destilado, detém o charme da erva que amortece os lábios. Exceto a Amazon, que tem loja de fábrica na Estação das Docas, procure compras as cervejas em supermercados e as cachaças artesanais no Ver-o-peso, que são os locais mais baratos à venda em Belém.

Como não podia deixar de ser, avaliamos o melhor espresso da viagem. Belém não é pródiga em cafés, mas tem história: a primeira muda de café foi trazida ao Brasil em 1727 por Francisco Mello Palheta, a pedido do governador local. Hoje, sem dúvida os espressos da Chez Nous e da Doceria Delalê chamam a atenção. Baristas bons no que fazem superam as dificuldades e impõem sua criatividade. Ambas usam o blend da Baggio, ótimo rótulo com boa distribuição no norte do país.

E Belém é isso aí. Um deleite para todos os sentidos.

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5 comentários em “Guia de Belém do Pará: sua porta de entrada para a Amazônia”

    1. Johnnie, agradeço a visita e o comentário.
      Amigo, não deixe de fazer essa viagem! Já estive algumas vezes por lá e todos para quem recomendei e fizeram a viagem relataram que foi SUCESSO! Qualquer dúvida ou dica que precisar, basta perguntar. Esse Brasil é incrível e o norte vale demais a visita! Boa viagem.

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