Antes do prato principal, cabe um esclarecimento. Quando iniciei essa série sobre lugares bacanas em Sampa City, “pizza” foi o primeiro tema que me veio a mente. Isso porque para mim a pizza foi, é e vai continuar sendo por toda a eternidade o maior atrativo da capital paulista! Por que até agora não veio o texto? Porque simplesmente não consigo encaixar num Top5 – como o dos hamburgueres – os meus restaurantes preferidos, muito menos eleger o meu xodó como fiz com as padarias aqui. Então lá vai um aviso: A Prestissimo não é a minha pizzaria preferida, mas como demorei demais para falar sobre o assunto, vai esse aqui sobre ela mesmo porque ainda estou com a minha Santo Antonio no estômago (e na cabeça). Vamos ao crime.
Sampa é superlativa em tudo e em matéria de pizza, não poderia ser diferente. São mais de 6.000 pizzarias que preparam mais de um milhão de pizzas por dia, ou melhor, cerca de 720 redondas por minuto. Ok, Joannesburgo pode ter preparado a maior pizza do mundo, San Diego pode ter feito a maior encomenda de pizzas da história e os napolitanos podem te começado esse negócio todo lá no século XVII, mas em nenhum momento da história foi registrado um número tão bom de restaurantes localizados na mesma região servindo pizzas com uma qualidade tão ímpar.
Certamente a pizza da Prestíssimo não bate a Bras ou a Bros, clássicos absolutos, mas não faz feio não. Massa média, molho de tomate adequado (quem já foi ao Speranza é um amaldiçoado, não consegue ‘ver’ outro molho!) ingredientes de primeira, criatividade e tradição lado a lado no cardápio, uma equipe treinada para ajudar o cliente a harmonizar o prato com um bom vinho, enfim, tudo que uma boa pizzaria tem que oferecer.
No site você confere a história, bastando citar que os caras funcionam há 14 anos no mesmo local, lá na Alameda Joaquim Eugênio de Lima (travessa da Av.Paulista), esquina com a Saint Hilaire, num casarão triplo bem classudo e de decoração despojada. Os irmãos Levy te recebem na entrada, encontram uma mesa bacana para você e dão uma olhadela de vez em quando nas mesas para ver se está tudo bem. Ambiente show!
Das redondas, recomendo vivamente a Santo Antonio, que é montada com abobrinhas grelhadas, catupiry original e mussa de prima, salpicados com bacon e alho fritos na medida. Uma opção de sabor mais suave é a Javali, com linguiça assada misturada com mussarela de búfala. Uma meio a meio com esses sabores sai por cerca de 35 contos a pequena e 45 a grande. Vinho em taça ali sai por 10 mangos e longnecks nacionais por cerca de R$5. Caro, mas justo. Espie o amplo cardápio aqui.
Nada a reparar no serviço, que é eficiente e sem exageros, aceita todos os cartões do mundo (confira antes de sair) e funciona até as duas da matina aos fins de semana. É aconchegante no inverno e tem ar condicionado para os dias de verão, além de mesas na calçada (os caras se gabam em dizer que foram a primeira pizzaria de São Paulo a colocar mesas do lado de fora). É também bem fácil de estacionar na rua, mas se preferir tem um manobrista por ali também. Recomendo.