Roadtrip pelo Nordeste: São Miguel do Gostoso, Maracajaú, Tamandaré (Carneiros) e São Miguel dos Milagres (Patacho)

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Entardecer em Macajaraú-RN

Missão cumprida! Acabo de voltar de uma fantástica roadtrip  entre Rio Grande do Norte, Paraíba (só de passagem), Pernambuco e Alagoas. Foram oito inesquecíveis dias rodando pelas estradas nordestinas com o objetivo de cobrir todos os filés dos vilarejos mais afastados e suas melhores praias, além de um teco da boa gastronomia das capitais.

Infelizmente, a viagem original de quinze dias teve de ser cortada pela metade, obrigando o grupo a excluir João Pessoa e mais alguns locais, que ficaram para outra vez. Mas o clima, a época e as belezas de região colaboraram demais e tudo saiu perfeito. Segue o relato com preços e informações atualizadas até abril/2012, em geral referindo-se a um casal, exceto quando indicado.

  • DIA 01 – Sampa – Recife-PE

Vôo promocional da GOL ida-e-volta por $245 comprado com 03 meses de antecedência. Tive que remarcar a volta, o que me custou uma passagem adicional de $299 (vôo noturno) e mais $90 de taxa de “no-show”. Explico: como a promo era de ´volta por um real´, não tive reembolso algum da volta e não pude remarcar a viagem, pois a Gol não o permite para passagens promocionais. Aí tive que comprar uma passagem adicional (sorte que achei um vôo noturno mais barato) e ainda pagar a taxa por não ter aparecido na volta. Portanto, aprende aí, se rola uma chance alta de você ter que remarcar alguma coisa, pense bem e informe-se antes de comprar uma passagem promocional. No meu caso, não havia alternativa. (mais sobre passagens aéreas e descontos aqui)

Bem, a chegada em Recife se deu com a habitual gritaria de táxis alternativos, locadoras de carros e empresas que organizam passeios, já no saguão de desembarque do bonito Aeroporto dos Guararapes. Nós já tínhamos escolhido com antecedência a Locadora Comfort que nos arranjou um Prisma 1.4 zerinho por $79 a diária. De todas as locadoras regionais (veja aqui um bom guia com todas elas) era a que aliava locação mais barata com um bom seguro contra acidentes e terceiros, bem como tinha loja física e um atendimento atencioso. Recomendo ligar direto para o Sr. Anderson, proprietário, nos tels 81-9221.3932, 9788-0077 ou 8577-7352 e tratar diretamente. As locadoras nacionais (Localiza, Movida, Hertz etc.) cobravam simplesmente o dobro. Optamos pelo Prisma para ter espaço de sobra para as malas e fazer uma trip confortável.

De lá formos direto a casa de amigos no simpático Bairro de Boa Viagem, onde passamos a tarde e a noite. Para quem precisa de hospedagem, amigos já ficaram no Albergue Piratas do Sol e gostaram. Para comer em Boa Viagem não há muitas opções baratas, então se quiser/puder experimentar um restaurante mais bacana, visite o famoso Paraxaxá que é por quilo e vale a visita.

  • Dia 02 – Recife/PE – Maracajaú/RN – Visita aos Parrachos

Acordamos bem cedo, nos despedimos do pessoal e partimos direto a Maracajaú-RN. São 347 km em boas condições da BR-101 (exceto o trecho inicial a partir da capital pernambucana) que fizemos em cerca de 5 horas de viagem. A estrada é linda e razoavelmente segura se feita de dia, uma delícia de dirigir. Só recomendo atenção na gasolina (há poucos postos de boas bandeiras) e com os poucos lugares para comer, porém nada que pequenos lanches e provisões compradas em lojas de conveniência ao longo do trecho não resolvam.

Chegando ao ridiculamente pequeno povoado de pescadores, cumprimentamos nosso anfitrião e fomos direto contratar o passeio aos parrachos. Parrachos são recifes de corais, que em Maracajaú ficam a 7km da costa, que na maré baixa formam várias piscinas naturais de águas quentes e límpidas, passeio absolutamente imperdível e certamente um dos melhores do Estado. Escolhemos este porque além de ser muito bem recomendado no Mochileiros, já tivemos conhecidos por lá que mochilaram toda a Costa dos Corais e disseram que lá era o mais tranquilo. E com razão, já que achamos tão bonito por ali quanto nos mesmos passeios em Pernambuco (recifes) e em Alagoas (galés). Todos os nomes significam a mesma coisa: piscinais naturais formadas ao redor de formações de corais. Depois de muito pechinchar, escolhemos o passeio na agência que fica no Esquina Praia Restaurante, de propriedade do Júnior e da Rosineide. Ligue lá: 84-9618-1355, 3261-6213 3 9971-5811. O preço normal é $75 pp, mas na baixa temporada nos cobraram $55. Caso queira fazer com cilindro e batismo, fica $95 (ficamos no snorkel mesmo, já incluído). Ao contrário do que ocorre em Alagoas e Pernambuco, os passeios aqui são feitos em jangadas motorizadas ou pequenos barcos, com muito menos gente, sem música ambiente. Só você, os locais e a natureza.Se você prefere algo mais agitado e curte uma cabeçada na areia e na água, escolha outro lugar.

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Parrachos – Maracajaú

No vilarejo há duas opções para comer à noite, quando os quiosques ficam fechados (na alta alguns deles ficam abertos à noite também): Tereza Pança ($40 o peixe grelhado com pirão – normalmente Cavalinha, $25 a porção de camarão, incríveis $4,50 a caipirinha e $2,50 os sucos naturais; e Ponto de Encontro (mais simples, com preços ligeiramente menores, pratos maiores e ambiente mais simples). No Ponto, comi um ótimo abadejo na chapa com fritas (meio oleoso demais), com bom purê de batata, arroz e salada fartos a R$39, que serve três pessoas. Bebidas com preços similares ao Teresa, da simpática Michaela.

  • Dia 03 – Maracajaú/RN e São Miguel do Gostoso/RN

De manhã pegamos um passeio de buggy até as dunas que ficam próximas dali, no próprio povoado (linda vista do litoral de águas verdes e calmas), sendo possível também escolher roteiros que vão até Punaú, Ponta dos Anéis, Parque Ma-Noa e outras cidades de visual semelhante. As agências cobram de $20 a $60 pp dependendo do roteiro. Aqui vale a mesma nota dos parrachos: a emoção e as paisagens são similares aos destinos mais badalados, porém é tudo muito mais tranquilo, com os lugares quase que só para você (no nosso caso, em abril e no meio da semana, SÓ para nós MESMO). Não fomos ao parque Ma-noa, mas pelos relatos locais, é o local mais estruturado, com bares e restaurantes mais invocados. Cobra $40 pilas por carro para entrar e fazer day-use.

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Dunas de Maracajaú-RN

Terminado o passeio de buggy, colamos num boteco para comer peixe e fechar umas brejas e decidimos ignorar o tal Ma-Noa e partir para algum lugar mais isolado: fomos direto numa trip de 1h (cerca de 55km) até São Miguel do Gostoso/RN. No caminho, não deixe de visitar o Parque Eólico do Rio do Fogo, o terceiro maior parque eólico do Brasil. Fica em Rio do Fogo – RN, distante cerca de 81 km de Natal, tem 62 aerogeradores e capacidade instalada para produzir 49,3 Mega Watts (MW), numa enorme área de dunas, relativamente próxima à praia, muito bonito e interessante de se visitar. Não havia ninguém na portaria e tampouco alguma sinalização de proibida entrada, então fomos de carro até bem pertinho das pás. Já sobre São Miguel, é um vilarejo ainda menor que Marajacaú, fim de mundo total, sem muita estrutura, porém absolutamente fantástico do seu jeito. O visual é lindo, há bons ventos para prática de esportes à vela e as praias são extensas e bem bonitas, parecidíssimas com Maracajaú, mas ainda mais desertas. Rolam alguns bares na orla e pelo que nos disseram também tem um forrozinho de noite para os adeptos, porém apenas aos fins de semana. Não pega celular. Passamos boa parte da tarde num boteco beira-mar na Praia do Cardeiro (areia fofa e clarinha, mar bem calmo e pouquíssimas ondas).

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São Miguel do Gostoso-RN

Há cerca de 10 praias ali (mapinha bacana aqui), algumas com acesso por terra meio capenga, mas dá pra ir num 4×2 com cuidado e fora da época de chuvas, que começa em maio. Por ali também tem uma réplica do primeiro marco português no Brasil, em seu local original. O verdadeiro está no Forte dos Reis Magos em Natal.

Ficamos por ali até escurecer e depois de comer, pegamos a estrada de volta a Maracajaú, passando pela cidadezinha não menos aprazível de Touros, à qual pertencia São Miguel pouco tempo atrás. Absolutamente deserta à noite, com um céu estrelado impressionante, a BR ali é surreal. Dormimos em Maracá mesmo e partimos no dia seguinte para Natal.

Dica: vi muitos relatos na internet sobre uma tal de Pousada Casa de Taipa, do Kiko Prado. Uma espécie de estalagem museu, conta com uma Casa de Taipa original e obras de arte. Um dos primeiros episódios daquele programa “Sem destino” (Multishow) foi inclusive gravado ali, mas como não fomos para passar a noite, não visitamos. Façam uma busca aí que vocês encontram.

  • Dias 04 e 05 – Maracajaú/RN a Natal/RN e Tamandaré/PE. 

Acordamos bem cedo e partimos com destino a Tamandaré, com uma parada em Natal (60km, 1h de viagem) onde chegamos com o dia já claro para visitar o seiscentista Forte dos Reis Magos, que fica na bela Praia do Forte. Vale muito a pena conhecê-lo, especialmente pelos  guias prestativos e atenciosos, que contam com gosto sua rica história e pelo Marco de Touros, original, trazido lá de São Miguel do Gostoso na década de 90, que foi o primeiro marco de Portugal no Brasil. Paga-se apenas 3 pilas pra entrar, que pelo visto não estão sendo lá muito bem utilizados. Não estraga o passeio, entretanto.

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Forte dos Reis Magos em Natal-RN

De lá demos uma passada na Praia da Pipa para comer e apreciar o visual, mas como crowd não era o objetivo, fomos direto a Tamandaré, já em PE, numa puxada de cerca de 440km, feita em pouco menos de 5h. Não falarei nada sobre Natal aqui, já que sobre esse destino a internet está lotada de informações e também porque nessa trip passamos direto para Tamandaré.
Aqui cabe uma info bacana: ao invés de fazermos o caminho natural pela BR101, optamos por fazer o caminho pelo litoral para ver o Farol do Cabo de São Roque (estradinha mais prum 4×4, mas possível) e ver as praias de Maxaranguape. É uma região com um pouco mais de estrutura e praias também bonitas. Fora o tempo do farol, aumenta apenas uma 1/2 hora no caminho comprando com o da BR. Leia aqui um postzinho rápido e interessante sobre o duelo entre a Ponta do Seixas e o Cabo de São Roque sobre quem está mais próximo da África e/ou na ponta mais oriental do Brasil.

Chegando em Tamandaré já à noite, nos instalamos na Pousada Doce Vida (81-3676-2301 ou 8832-8980) que nos cobrou $90 no quarto, o melhor custo-benefício por ali. Tv, ar condicionado split, estacionamento, redinhas na varanda, simples mas com bom atendimento e excelente café-da-manhã. Só não recomendo ficar por lá no sábado à noite se só houver quartos disponíveis de frente pra rua, que é bem barulhenta. A noite em Tamandaré é bem desorganizada, com carros em som alto e público de qualidade, digamos, duvidosa. As praias, entretanto, são bonitas e valem a visita. A melhor delas é a Praia dos Carneiros, bem próxima, com águas bem clarinhas, muito verdes e onda fracas. O porém é que não há entrada para a praia sem que você escolha uma pousada de day-use, que no verão parte de $40 preço por carro, consumível no bar. Na baixa temporada as pousadas não cobram nada, apenas o que você consumir. Nós escolhemos, por indicação, a Pousada dos Carneiros. Muito organizada, com ótimo serviço de bar e restaurante e ainda com organização de passeios às piscinas naturais da região. As porções do bar tem preços bons ($15 a de macaxeira, $12 a de fritas, $15 a de bolinho de charque, as três excelentes) mas os pratos são muito caros (cavala grelhada por $75, serve apenas duas pessoas). Conseguimos um passeio às piscinas naturais por 20 reais (preço na alta parte de 35). A praia é fantástica, linda demais, tanto para ficar nas espreguiçadeiras do bar apreciando, quanto para uma boa caminhada pela areia. Para qualquer lugar que se olhe o visual é de tirar o fôlego. A praia mais bonita que vimos em Pernambuco!!

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Praia dos Carneiros – Tamandaré-RN

Dias 06 e 07 – São Miguel dos Milagres/RN

Depois de um dia de rei inteirinho nos Carneiros, mais uma vez madrugamos e fomos direto ao clímax da expedição: São Miguel dos Milagres/AL.
Como base, ficamos num apartamento alugado, que encontramos depois de muito pesquisar (e pechinchar) ali no centrinho da pacata – e inacreditavelmente parada no tempo – Vila de Porto da Rua. O dono é o Sr. Estácio e o telefone é 81-9918-5131 ou 9187-6517, sendo o ap uma beleza: dois quartos com roupa de cama, ar condicionado, cozinha equipada com geladeira, panelas e talheres, mesa com quatro cadeiras, varanda com redes, lavanderia e banheiro espaçoso e bem limpo. Perfeito para correr todas as praias da região.

Depois de prosear bastante com o simpático local, fomos direto a jóia de São Miguel dos Milagres: Praia do Patacho. Considerada pelo Guia 4 Rodas uma das 5 praias mais bonitas do Brasil, é definitivamente a praia mais linda e paradisíaca que eu já conheci. Águas inacreditavelmente verdes, com tons azulados e uma orla imensa, completamente deserta e margeada por fazendas de coqueiros verdes e alguma mata nativa. Nessa época é possível passar um dia inteirinho por lá sem cruzar com mais de 4 ou 5 pessoas, em geral pescadores.

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Praia do Patacho em São Miguel dos Milagres-AL

Há várias outras praias por ali nos três vilarejos de Porto das Pedras, Porto da Rua e São Miguel dos Milagres que merecem uma boa explorada, mas de todas a do Patacho é certamente a rainha. Não conheço Noronha ainda, mas sinceramente fiquei espatando com a beleza do litoral alagoano. Por ali ainda há Porto de Galinhas, Maragogi e as praias dos litorais norte e sul de Maceió, mas nada se compara a essa praia, nos aspectos que falei.

Sobre a localidade, a terra ali é realmente muito simples e pobre em desenvolvimento urbano, portanto não espere qualquer conforto e estrutura caso opte por  não ficar numa pousada de luxo. Os mercadinhos são bem pequenos e básicos, as padarias ainda mais (apesar de fazerem um ótimo pão de manteiga) e há apenas três opções noturas de restaurante: um francês caríssimo chamado Chez Domi (não fomos), o agradável No Quintal (mantido por Renata e Lucas Nogueira, um simpático casal de paulistas que montou seu negócio no acesso a Praia do Toque, área muito bonita e aconchegante, com preços entre 15 e 70 reais, dependendo do prato e quantidade – (82) 99107078 / (82) 91239300) e o Luna Bar (culinária local e mexicana, mantido por um americano gente boa que recentemente se mudou para a vila, porém com preços um pouco altos e pratos não tão generosos). Na alta temporada, o Manzuá é a melhor opção, com preços mais atraentes e pratos generosos, porém não abre à noite na baixa. Fora esses, as opções são os restaurantes das pousadas de luxo, esses sim, bastante caros ou fazer sua própria comida abastecendo-se nos mercadinhos da região que, obviamente, abrem e fecham cedo.

Ali vale a pena também fazer o passeio de reconhecimento do Peixe-Boi na praia de Tatuamunha, que custa $35 pp mas vale a pena. Com pouquíssimos exemplares do Brasil, o animal que está na lista de espécies ameaçadas de extinção, é fascinante. Normalmente solitário, pesando de 400 a 800 quilos e podendo chegar a 4m de comprimento, é bastante dócil e lento, características que facilitaram a pesca predatória e quase o extirparam da vida na Terra. Os guias que levam os turistas para vê-los (há cinco na região, monitorados por chip eletronicamente rastreável) são experientes, pacientes e não economizam explicações. Vale muito a pena ver. Por fim, dá pra dar uma esticadinha a Maceió e curtir uma praia mais crowd para quem cansar de tanta praia selvagem e beleza infinita. rs

Se forem até a capital alagoana, recomendo vivamente que comam no Imperador dos Camarões e visitem as feiras de artesanato, que tem ótimos preços e belas variedades de trabalhos em madeira e tecelagem. Testamos essa estrada à noite e foi tranquila, apesar das recomendações insistentes dos locais para não fazê-lo. No caso fomos obrigados porque precisávamos de uma farmácia, coisa rara na região do litoral norte e impossível à noite.

  • Dia 08 – Recife e tchau Nordeste

Abreviada por força maior a trip, nos restou voltar e aproveitar o dia em Recife antes de pegar o vôo para Sampa City. Escolhemos visitar o fantástico Instituto Ricardo Brennand, que vale uma tarde inteira de passeio! Atualmente estão em cartaz as mostras “Frans Post e o Brasil Holandês”, “O Julgamento de Fouquet” e “Paisagens Brasileiras do Século XIX”, todas na Pinacoteca. No local também existe o Museu Castelo São João, de arquitetura cuidadosa e muito bonita, um verdadeiro castelo medieval com um riquíssimo e impressionante acervo de armas brancas dos século XVI a XIX. Tudo é imponente, bonito e bem cuidado, inclusive os jardins, com belas esculturas e paisagens. Só recomendo atenção com o horário reduzido dos caras: terça a domingo, das 13h às 17h. Custa $15 pra entrar, mas estudante paga só $5. Vale a pena.

Foi isso galera. Antes de que perguntem se foi corrido, no meu caso digo que não. O Prismão 1.4 deu conta do recado nas estradas planas da região e foi muito confortável rodar por todos os lugares que passei (exceto, talvez, nos arredores de Recife, com asfalto bem judiado). O carro é alto e segura a bronca em estradas de terra mais complicadas (dentro do que um 4×2 pode fazer, obviamente) e o ar-condicionado foi suficiente em todos os trechos, mesmo nos mais longos e debaixo de sol forte. Fomos em quatro, sempre revezando e com bastante informação. Recomendo um bom GPS caso não tenham paciência de ficar perguntando caminhos, porque nos vilarejos menores a sinalização é deficiente e os aparelhos genéricos se perdem totalmente. O google maps mandou bem em 90% do caminho e ajudou também.

E foi isso, galera. Infelizmente durou menos do que gostaríamos, mas valeu muito a pena. Há centenas de outras opções de passeios, roteiros e tudo mais na região, o que certamente nos obrigará a voltar inúmeras vezes. Fica, no entanto, a sugestão dessa rota pelos locais mais calmos e paradisíacos, com pequenas ilhas de urbanidade no meio da rota.

-> Veja também: Dicas para Sua Roadtrip e Morro de São Paulo Econômica

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