Vai lá. Ótimo blog que reúne tudo que você sempre quis saber sobre comida estranha (e boa) ao redor do globo.
Autor: Omochileiro
Não conta lá em casa!
Há tempos eu não topava com um programa tão bacana na televisão. Residente no Multishow, a série é sobre quatro caras que cuja missão é mochilar para zonas de conflito registrando suas impressões em vídeo. O objetivo, segundo eles mesmos, é revelar um outro lado de países que se encontram em situações extremas, desmistificando a visão midiática da questão e apresentando o ponto de vista dos moradores. Imperdível.
Se você se interessou, dê uma passada no blog do Russo, um dos caras que ajudou o grupo a organizar uma trip para a região do Cáucaso (Daguestão, Chechênia, Ossétia do Norte, Ossétia do Sul e Abkházia, região da extinta União Soviética). Lá o cara hospeda vídeos de boa parte da quarta temporada da série e segundo ele “foi mais uma daquelas viagens que muita gente pagaria para não ter que fazer, mas os caras enfrentam isso para mostrar que existe vida além daquilo que a gente vê no noticiário internacional”. Há algum material extra sobre a série também.
Na minha opinião, aquela temporada foi a mais interessante. O programa visitou uma Missão de Ajuda Humanitária do Tsunami no Japão, exploraram o Haiti (triste!), a polêmica Cuba (nós também já fomos! veja aqui) , o já citado perrengue no cáucaso com direito a atentados terroristas, KGB e picos interessantes em Moscou) e finalizaram com um episódio especial sobre Hiroshima, mostrando como os japoneses reagiram na época, como encaram hoje em dia o episódio e todos os museus e monumentos relacionados.
A atual sétima temporada está rolando e você pode conferir as reprises no horário oficial do programa: quartas às 22h (horário do inédito) e reprises às quintas 14:30, sábados 3:30, domingos 8:00, segunda 14:00, terça 1:30 e quarta 6:00.
Visitem também: Site Oficial
Viajar e voluntariar
Boa dica do Catraca Livre para aproveitar o período de férias para viajar e ao mesmo tempo realizar trabalhos voluntários em qualquer lugar do mundo
“Encerra-se o ano letivo e os estudantes têm aproximadamente dois meses para renovar as energias e refletir sobre o próximo ciclo a ser iniciado. Nesse mesmo período, as opções são diversas. Pode-se viajar e conhecer outras culturas, buscar um novo emprego, participar de cursos de férias para ampliar o currículo ou optar por ajudar aqueles que necessitam de apoio e, provavelmente, não terão as mesmas opções citadas anteriormente. Ao final do 10º “Ano Internacional do Voluntariado” – instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) – o que não faltam são oportunidades de aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade de maneira empírica e com profunda relevância social.
Os sites Voluntarios e Voluntariado são bons exemplos de portais que auxiliam na busca por entidades que precisam de apoio. Ambos permitem que o usuário busque por instituições que estão próximas de sua moradia e ajudam a identificar o perfil do futuro voluntário, além da área em que se pretende atuar. Com as informações devidamente preenchidas, os sites trazem como resultado os endereços, contatos e a pessoa que se responsabiliza pela entidade.
Para os que pretendem sair do país em viagem, um outro portal reúne opções de trabalho voluntário em diferentes regiões do globo. A CI (Central de Intercâmbio) reservou uma seção de sua página para serviços em países como Índia, Namíbia e Peru. Os interessados podem escolher se querem atuar em organizações voltadas para a preservação do meio ambiente, cuidados com animais abandonados e crianças com deficiência física ou mental. Em geral, os projetos duram de 2 a 12 semanas e o site apresenta diferentes preços para cada pacote de viagem.
Se a busca é por uma chance de unir responsabilidade social com empatia e profissionalismo, o trabalho voluntário surge como uma boa opção para o período de férias.”
Blogs pelo mundo dos Médicos Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária independente cuja missão primordial é levar ajuda às pessoas que mais precisam, em qualquer lugar do mundo em que estejam e quando isso não é possível, ao menos tornar públicas as situações enfrentadas pelos países que sofrem.
Em tempos de covid-19, corona vírus, malárias e o recrudescimento de regimes ditatoriais mundo afora, o MSF é fundamental para dar alento a um sem número de pessoas desprotegidas.
Os caras tem um time de mais de vinte mil pessoas, nas mais diversas áreas de atuação e formação, espalhados por 65 países, atuando diariamente em situações de desastres naturais, fome, conflitos, epidemias e combate a doenças negligenciadas. Desde 1971, sobrevivem totalmente independentes de qualquer governo e se sustentam basicamente por contribuições privadas. É identidade, responsabilidade, moral, atitude.
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Dicas para sua roadtrip
Manja aquele filme do Spielberg sobre um cidadão incauto que cai na besteira de ultrapassar um psicopata num caminhão e é perseguido – e aterrorizado – por ele durante horas? Pois é, a triste notícia do falecimento de um amigo num trágico acidente essa semana me lembrou do filme e de como pequenos detalhes como uma inocente ultrapassagem ou mesmo um cálculo errado no combustível podem transformar sua diversão numa bela duma encrenca. Mas há salvação.
Mochileiro gonzo
No começo da segunda metade da década de 60, em pleno auge das novas liberdades editoriais de que gozava o New Journalism na imprensa norte-americana, surge uma interpretação extremada dos seus princípios sob a forma de um jornalista free-lancer do Kentucky, chamado Hunter S. Thompson. Criador e principal representante de uma modalidade de jornalismo literário denominada Gonzo Journalism, Thompson propôs a transposição da barreira essencial que separa o jornalismo da ficção: o compromisso com a verdade. Também chamado de jornalismo fora-da-lei, jornalismo alternativo e cubismo literário, o gênero inventado por Thompson tem sua força baseada na desobediência de padrões e no desrespeito de normas estabelecidas, além da insistência em quatro grandes temas: sexo, drogas, esporte e política. (Rodrigo Alvares, daqui)
Pois é. Ninguém, reforço, ninguém é mais gonzo no Brasil que Arthur Veríssimo. Jornalista, apresentador de tv, autor de livros e dvds, mochileiro profissional e louco, um apaixonado pela vida e pela narração da vida. Vida real, relatada visceralmente. Recomendo uma passadinha no seu blog no site da já mítica e sobrevivente Revista Trip, que apesar de ter poucos e curtos posts, dá uma idéia da linha hipnótica que o cara segue na revista.
Tem posts lá que têm a graça de arrancar o verniz da tua vida. Meus preferidos: ativismo de verdade em Direto do front, filosofia de vida no Kaialash em Na Montanha Sagrada e uma inusitada partida de futebol com chollas na Bolívia em Que Bonito É.
E já que você vai lá, aproveite e confira uma entrevista muito bacana com Thomas Kohnstamm, outro gonzo consagrado que conta como é a vida (pessoal e profissional) de um escritor de guias de viagem. Coisa rápida, mas vai desconstruir a imagem mental que muita gente criou da profissão…
Documentos para mochilar no exterior
Mochilar no exterior é sempre uma aventura e tanto, mesmo para viajantes experientes. E como viajar com segurança é sempre fundamental, de saída o primeiro item do seu check list deve ser a verificação dos seus documentos.
Antes de tudo, providencie seu passaporte. O procedimento é trabalhoso, mas bastante simples. Basta obter a documentação exigida pela Polícia Federal, solicitar a emissão via internet (aqui), pagar a guia emitida também via internet (algo em torno de R$130 em 2011) junto com a solicitação de emissão, agendar sua visita ao posto de atendimento mais próximo e aguardar o prazo de emissão, que varia muito de Estado para Estado e conforme a época do ano (férias, feriados etc.).
Nos países do MERCOSUL não é necessário passaporte, mas se você tiver o seu poderá carimbar nos postos de controle e trazer um belo souvenir para casa. Além disso, com um passaporte válido em mãos, não haverá qualquer dúvida acerca da sua identidade e o agente público dificilmente poderá criar algum problema. Caso não consiga emitir o documento a tempo ou preferir arriscar, consulte a relação de documentos exigidos nesses países aqui.
Caso vá dirigindo ou pretenda alugar um carro no exterior, é necessário obter uma PID – Permissão Internacional para Dirigir e adquirir um Seguro Carta Verde. Todas as informações para emitir esse documentos estão no post Roadtrip no Exterior .
Outro dado importante é que se você cruzar a fronteira com um veículo, tem que portar o respectivo documento de propriedade. Se você não for o proprietário, vai precisar de uma autorização dele permitindo que você o dirija no exterior. E se o possante estiver alienado, você terá que ligar para a financeira e solicitar uma autorização para que ele circule no exterior (nesse caso, boa sorte!). Nos dois últimos casos,o documento deve ser chancelado pela embaixada/consulado do país que você vai visitar, o que demanda certa antecedência.
Quanto ao veículo em si, pesquise sobre o país para onde vai: na Argentina o carro tem que carregar dois (?!) triângulos de sinalização e cabo de aço com quatro metros de comprimento para reboque, no Chile não é permitido o uso de película (insul-film etc.) nos vidros dos carros e as autoridades apreendem os ilegais ou exigem que você tire o filme na unha e por aí vai. Também nunca é demais contactar a sua seguradora e perguntar por uma “extensão de percurso”, normalmente válida para a Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia.
Hoje, uma grande quantidade de países também exigem do turista o Certificado Internacional de Vacinação. Orientações sobre a saúde dos viajantes e informações sobre a emissão do certificado você encontra no site específico da ANVISA. Locais que emitem a carteira estão relacionados aqui. Em Sampa, a opção clássica é o Centro de Referência Imunológica do Hospital das Clínicas, que fica na Rua Eneas de Carvalho, 155. Funciona no térreo entre 7h e 15h, apenas de segunda a sexta. Você não vai pagar nada, a carteira valerá por dez anos a partir de dez dias depois da vacina (prazo que leva para que a imunização tenha efeito). Note que alguns países exigem trinta dias de antecedência e não os dez de praxe. Informe-se e confira também o post cuidados com remédios ao viajar, que dentre outras dicas lista alguns remédios imprescindíveis para uma viagem tranquila ao exterior.
E por falar em validade, todo e qualquer documento que você precisar no exterior deve ter validade com data porterior ao seu RETORNO ao Brasil. Procure deixar os documentos no cofre do hotel onde está hospedado e circule apenas com cópias, com exceção dos documentos do veículo quando estiver dirigindo e do passaporte, que deve estar sempre com você. Guarde também uma cópia autenticada em local seguro e diferente de onde está o seu passaporte (bolso, sacola, mala, moneybelt, sapato, cueca etc.). Pode ser útil na ida, na volta, em trânsito, num consulado ou quando você for sequestrado pelas FARC. Bem, nesse caso nem tanto…
Finalmente, se for para o MERCOSUL, vale baixar a Cartilha do Cidadão disponível no site brasileiro oficial do tratado. Lá você encontra informações oficiais, interessantes e atualizadas.
Boa viagem!
Roadtrip no exterior: CNH ou PID? E Carta Verde?
Perguntinha clássica. Curto e grosso: a resposta é PID. Explico.
PID significa Permissão Internacional para Dirigir, que é um documento emitido pelo DETRANs do seu Estado, escrito em língua portuguesa e nas línguas determinadas na Convenção de Viena, que é a grosso modo um acordo internacional que permite a aos países que a ele aderiram emitir esse documento padronizado que permite ao portador dirigir em qualquer um desses países, desde que apresente também sua CNH original.
Segundo o DENATRAN, para obter a permissão o condutor deverá possuir uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) válida (a PID é emitida com a mesma validade, categoria e restrições médicas do documento nacional) e apresentar os documentos exigidos pelo DETRAN do seu Estado. Aproveite e solicite a sua quando for renovar a CNH.
Você vai ler por aí que não é necessário tirar a PID, que os países do MERCOSUL aceitam numa boa a CNH brasileira, que países com fiscalização rodoviária rígida como os EUA e a França não costumam criar problemas com o documento, que nenhuma locadora de carro exige a carteira internacional e outras tantas listas de países que aceitam a CNH nacional formalmente, que toleram seu uso ou que não reconhecem o documento. Esqueça tudo isso.
O que você deve saber é a lista dos países que aceitam a PID (aqui) e se for viajar para qualquer deles tire o documento e viaje tranquilo. Quem porta a CNH e a PID passa muito mais rápido por bloqueios em estradas, aluga carros com muito mais facilidade, se identifica muito rapidamente em países que a aceitam como identidade civil e corre bem menos risco de ser ludibriado por policiais ou agentes de trânsito corruptos no estrangeiro. O motivo é um só: quem lê o documento localiza mais rapidamente as informações e fica sabendo que você é um viajante preparado e experiente.
O documento não é caro e garante a sua tranquilidade quando um agente público te parar numa estrada qualquer mundão afora. Deixa a PID de lado é um gasto em grana que pode te economizar tempo e preocupações.
Outra coisa é a famigerada Carta Verde, esta sim, legalmente obrigatória para todos os países integrantes do MERCOSUL
É um seguro obrigatório para automóveis matriculados no país de origem em viagem internacional no âmbito do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A apólice, em caso de acidente, cobre danos pessoais e materiais causados a terceiros não transportados pelo veículo segurado, tais comomorte, invalidez permanente, despesas médico-hospitalares etc. Todas as seguradoras brasileiras estão habilitadas a emitir a Carta Verde, porém o desconhecimento é generalizado e não raro você se depara com um atendente que nem sabe o que é. Procure sua seguradora e na falta dela dê uma googlada básica. O documento vale pelo tempo que você contratar e não é dos mais caros.
O pessoal da Região Sul gosta de solicitar o documento numa seguradora localizada em São Borja (cidade da fronteira com a Argentina) chamada Proteges que – dizem – tem o melhor preço do país. Há diversas outras opções nas grandes cidades de fronteira como Foz do Iguaçú e Uruguaiana, por exemplo.
Veja também os posts sobre documentos pessoais necessários para viajar para o exterior e quais remédios levar num mochilão e boa viagem!