Dicas para o Mochileiro em Ushuaia

Atualizado em 28/04/2017

Visitar o fim do mundo sem gastar muito é uma tarefa complicada, mas não impossível. Como falei no relatei no post anterior – Mochilão, Neve e Natureza em Ushuaia, comprei minha passagem pela Aerolineas Argentinas porque era a única que oferecia Ushuaia na opção “múltiplos destinos”. Esta é a primeira dica: se você não pretende visitar Buenos Aires nessa viagem, compre os trechos São Paulo – Buenos Aires – Ushuaia nesse formato, pois sairá bem mais barato do que comprar os trechos separados. Tentei também Avianca, Tam e Gol, mas em qualquer opção ficava bem mais caro. Se você optar por ir na baixa temporada (abril/maio ou setembro/outubro) também pode se arriscar e comprar apenas o trecho que vai para a capital. Deixar para comprar a passagem para o fim do mundo por lá pode sair mais barato. Na alta, nem pensar.

E por falar em temporada, mesmo que seja primavera ou outono no hemisfério sul, como a cidade é a mais austral do mundo, a neve é garantida, especialmente nos locais mais altos como os cerros. Portanto, prepare-se para eventuais atrasos por conta de mau tempo. Também por conta do clima, vale a dica: Ushuaia reúne lagos, montanhas, cachoeiras, picos, florestas, geleiras, rios e ainda por cima está localizada numa baía. Atividades não faltarão, portanto, vale a pena pesquisar bem o que se quer fazer para chegar já com um itinerário na cabeça.

Parque Nacional Tierra del Fuego 4

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‘O Marzão naufragou’

A partir desta quinta-feira, um clique em www.marsemfim.com.br oferecerá ao navegante 45 horas de documentários, cerca de 4 mil fotos, mapas, dezenas de entrevistas com professores universitários, ambientalistas, técnicos do governo e gente simples e sofrida, os nativos.

O navegante ainda pode escolher outro destino, a Antártica. Esta expedição, que o levará à Ilha Rei George, onde está a base brasileira, resultou em cinco horas de documentários.

O criador do site e autor de todo o material é João Lara Mesquita, da família fundadora do jornal O Estado de S. Paulo. Apaixonado pelo mar desde criança, esse foi seu caminho natural quando deixou o comando da Rádio Eldorado, de São Paulo, em 2003.

“Acordo pouco depois das 8 da manhã. Nem bem saí do beliche quando Plínio (um dos tripulantes) voltou lá de fora, arrasado, e me abraçou. ‘O Marzão naufragou’, disse, ‘só a proa está de fora’. Foi um choque terrível. Um golpe. Um direto no queixo.”

Foi assim que o jornalista e ex-diretor da Rádio Eldorado, João Lara Mesquita, de 56 anos, descreveu o instante em que soube do naufrágio do barco Mar Sem Fim, ocorrido na madrugada de sábado na Antártida, próximo à Baía de Fields. Mesquita, capitão do barco, e a tripulação, formada por Plínio Romeiro Júnior, de 58 anos, Alonso Irineu Góes, de 65, e Manoel de Souza, de 35, haviam sido resgatados na quinta-feira por marinheiros da base chilena local.

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Rumo ao Sul: Dia 7 ( Gramado e Canela )

Que fique claro: o objetivo aqui é roteirizar e dar dicas para aventureiros de mochila ou traçar alternativas econômicas de viagem. A idéia, quando passei pela região, era passar pelo menos um dia em Gramado e outro em Canela, mas não foi o que aconteceu. Como já vinha da melhor parte da trip – os cânions gaúchos – eu pretendia dar uma relaxada e curtir uns passeios de tia mais simples antes de partir para a orgia etílico-gastronômica de Bento Gonçalves e fechar a epopéia mais ao norte, nas montanhas de Urubici-SC. Encurtei o trecho, como vocês saberão.

Em Gramado, sugiro que peguem um mapa oficial no centro de informações turísticas (Praça Major Nicoletti, próximo à rua coberta), que facilitará sua busca por atrações, hotéis e restaurantes. Fanático por cinema, fiquei um tanto quanto decepcionado com a cidade que sedia o prêmio mais importante do país, já que não há qualquer menção a sétima arte em todos os seus 237 quilômetros quadrados. Nem mesmo o Palácio dos Festivais onde ocorre a premiação está identificado, só chamando a atenção de quem já o viu por fotos ou pela televisão. As demais atrações – leia-se museu medieval, mundo a vapor, casa do colono, fábrica de couros black bull, lago negro, compras de chocolate e o famoso café colonial – são fracas, caras e quase dispensáveis para quem gosta de natureza, aventura ou tem o bolso vazio. Realmente não combinou com a minha trip e acabei passando apenas uma tarde na cidade.

A hospedagem em Gramado é um capítulo à parte. Se na Serra Gaúcha próxima aos cânions é razoavelmente simples encontrar ótimas acomodações a preços em torno de R$80, em Gramado espere pelo menos o dobro como preço mínimo. Comer por lá, então, é verdadeiramente um tormento aos menos abastados, que tem poucas opções: o restaurante ao lado da prefeitura (R$10), o Buffet El Fuego ($20) e o Di Pietro (R$20) são as casas mais em conta. Chocolate mais barato é o Floribal (Rua Tristão de Oliveira, 1200,Centro) ou na fábrica da Prawer (no centro, em frente ao museu de carros antigos) que vale a visita pelo tour pela produção e a história do doce, mas tem preços que não justificam sua fama, ficando devendo aos famosos Montanhês, Araucária, Sabor Chocolate e Toco de Campos do Jordão-SP. Para estacionar na rua no entorno das principais lojas do centro, não se esqueça de pagar pelo “Cartão Gramado”, um sistema de estacionamento rotativo pago que custa R$1,20 por hora. Fondues e cafés coloniais, que me parecem ser o ponto alto da região, demandam mais pesquisa e este não era o objetivo quando passei por lá, quem sabe numa próxima vez. Google it!

Canela segue o mesmo ritmo. Nas pesquisas anteriores à trip li que o Camping do Parque do Sesi era boa opção no calor (local agradável, limpo, organizado e barato) mas não fiquei por lá. Visitei o Castelinho do Caracol ( www.castelinhocaracol.com.br ) que é uma residência conhecida por sua arquitetura enxaimel, datada de 1913, que teria sido erguida apenas com madeiras encaixadas, sem pregos. Você lê sobre isso em tudo quanto é lugar, mas o embuste fica claro para aqueles que pagam os R$6 de entrada para explorá-lo por dentro: o “castelo” é pequeno, pode ser visto em menos de cinco minutos e são visíveis os pregos disfarçados nos batentes das janelas do andar superior, cobertos por tinta escura. Não sei se foram postos durante a construção ou posteriormente em alguma correção ou obra de contenção, mas estão lá, tornando risível a publicidade! Isso é irrelevante, entretanto, perto do delicioso Apfelstrudel (torta de maçã alemã) com sorvete de creme, que comi na casa de chá que funciona no térreo. São R$26 para dois muito bem gastos, que compensam o desgosto de ver a casa de bonecas mais sinistra que eu já vi, instalada no sótão da casa, lembrando filmes de terror “b” dos anos 80.

O Parque do Caracol (entrada R$10) é a maior atração da cidade, com a cascata que lhe dá o nome, de 131m de altura. Lá há algumas trilhas simples para percorrer, uma feira de artesanato com preços mais altos que as lojinhas do centro, uma escada de 927 degraus que leva os visitantes do topo à base da cascata, um mirante com um elevador (que é pago à parte!)  e um restaurante que cobra R$34 num almoço para duas pessoas. Se passar por lá, vale a pena visitar pela imponência da queda d´água, mas esqueça todo o resto ali dentro. Outros locais de interesse podem ser consultados, com mapa, em www.canelaturismo.com.br.

Por fim, em frente a rodoviária da cidade, reparei no Viajante Hostel (www.pousadadoviajante.com.br) que conta com apartamentos para casal (R$72 na baixa temporada) e quartos coletivos, tv à cabo e cozinha coletiva. Bom preço para o padrão da região. Não fiquei lá, já que ainda tinha um longo caminho pela frente.

Ao todo, passei uma manhã em Canela e uma tarde em Gramado. Em relação ao caminho de Cambará do Sul em direção a Bento Gonçalves, especialmente no entorno de São Francisco de Paula, Gramado e Canela, recomendo especial atenção aos radares (também chamados de pardais pelos residentes) e pela total ausência de postos de combustível nas estradas. Caso precise abastecer, terá que entrar em alguma cidade com alguns litros de antecedência, já que as vicinais que saem das estradas principais não são curtas e não raro a falta de sinalização confunde o motorista que tem que corrigir o caminho algumas vezes. Os mapas da região são um pouco confusos, especialmente o Guia Rodoviário Quatro Rodas ( http://mapas.viajeaqui.abril.com.br/guiarodoviario/guia_Rodoviario_viajeaqui.aspx ) que é bem apertado nesse trecho e esconde alguns entrocamentos importantes. Vá com calma ao explorar a região, especialmente à noite como eu fiz.

Próxima parada: Bento Gonçalves !

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Vicky, Cristina e… Barcelona!

Sobre a má vontade dos intelectuais em geral com o novo filme de Woody Allen eu já falei lá no UmPoucodeTudo. Todos sabem que não se trata de um de seus melhores filmes, mas não me parece razoável tentar tirar mais do filme do que ele realmente quer ser. Se quiser mais, é só conferir o post.

Por aqui trago o link para uma reportagem muito interessante que saiu no Estadão da semana passada. Um texto leve e interessante, que comenta o filme e traça todo o roteiro cultural das americanas, apontando os pontos turísticos pelos quais elas perambulam em Barcelona, Oviedo, Ávila e Gozón. Dá também alguns links interessantes para quem ainda não se decidiu pela viagem e remete a reportagens recentes do jornal sobre a capital da Catalunha. Depois do cartão postal filmado pelo velho Woody não há como não começar a planejar…

Blogs pra fuçar: Vou pra BarcelonaAchados –  Mosaicos de BarcelonaSagrado e Profano BarcelonaMallaYablogJuaniworld

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La Poderosa 2 – “Diários de Motocicleta” na Web

No clima do post anterior, juntei alguns links interessantes sobre o assunto. Pra começar, no site oficial você encontra algumas fotos, entrevistas com Walter Salles e Alberto Granado e uma ou outra referência de elenco. Muito pouco para tudo que o filme representa, tanto pelos assuntos que aborda quanto pela arte de sua construção. Então vamos ao que interessa!

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La Poderosa

Eu sei que estou devendo zilhões de posts para o blog, mas com toda essa materialidade com que a vida paulistana me envolve neste momento, confesso que está difícil me concentrar no assunto ´viagem´, seja qual for a acepção. Não vai me redimir, mas entre um post e outro no Um Pouco de Tudo, mais precisamente numa série sobre o novo filme do Walter Salles, acabei me lembrando de um dos filmes mais queridos que tenho na estante:  Diários de Motocicleta, nosso Easy Rider latino.

Sem condições de rever o filme nesta tarde desesperadoramente curta de domingo, vou copiar aqui um trechinho de um dos livros que o inspiraram. Boa viagem.

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Society, you’re a crazy breed – parte 2

ATUALIZADO!ATUALIZADO EM 26/06/2020

(original de 24/03/2008)

Uma semana já se passou e eu ainda estou colhendo os frutos de Na Natureza Selvagem.

Li bastante sobre o filme, talvez mais comentários bons do que ruins no mainstream, mas seguramente mais comentários ruins do que bons no underworld. Fiquei pensando em como posso ter gostado tanto do filme enquanto alguns o intitulam como “bomba do ano”. Talvez eu tenha um pouco de Chris aqui dentro e esse pessoal se pareça um pouco mais com os pais dele. Não deixa de ser interessante o paralelo com a vida real, principalmente num filme que fala sobre a vida e nosso jeito de encará-la. Filosofia neo-hippie a parte, a história me instigou a puxar da velha estante um Jack London qualquer.

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Alan Poe: belo companheiro de viagem

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O que você vê aí em cima foi o primeiro trabalho em stop-motion de Tim Burton, um curta simplesmente delicioso. Gótico até os dedos do pé, conta a história de Vincent Malloy, um garotinho que quer ser Vincent Price e vive sonhando acordado. Price, que narra o curta, é um caso à parte: famoso ator de adaptações para o cinema de contos do mestre do horror – Edgar Alan Poe – realizadas há quase cinqüenta anos, o cara narra a história de forma bastante peculiar.

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