Challenging your dreams e outras viagens pelo mundo

“Você sempre vai querer planejar melhor,
Nunca haverá dinheiro suficiente,
E o momento ideal não existe.
Portanto, encontre a coragem,
Tome uma decisão,
Prepare o quanto puder e
Vá adaptando o resto pelo caminho.
Será a melhor época de sua vida.”

Grace Downey, brasileira, nascida em São Paulo em 1977 e Robert Ager, inglês, nascido em Londres em 1965, são assim: apaixonados por viajar. Juntos já percorreram de mochila a  Europa, África, América do Sul e finalmente deram a volta ao mundo com o Challenging Your Dreams, um dos três projetos de trip que deram (ou estão dando) certo que eu curto muito seguir e vou compartilhar com vocês.

Vale a pena visitar o site do casal e conhecer a história, os perrengues e todas as dicas sobre viagens pelo Brasil e pelo mundo que eles têm para compartilhar. Como diferencial, na maioria do tempo eles optaram por acampar e viver uma vida mais simples, ao ar livre, consumindo pouca energia e minimizando o impacto ambiental do veículo e de sua própria presença. Para isso se aliaram ao Instituto Excelsa e foram viver seu sonho.

Na perna brasileira, rodaram mais 44 mil quilômetros usando esse roteiro, que pode inspirar qualquer um com tempo, disposição e dinheiro a fazer o mesmo. Amantes da fotografia, também lançaram um livro com imagens da expedição que dispensam comentários. Achei aqui por 85 mangos e asseguro: é incrível.

Tão bacana quanto está a viagem que o pessoal da Revista Trip está fazendo no projeto intitulado O Mundo é uma Kombi. Na busca pelo significado da felicidade, Felipe Costa (24 anos) e Emilio Zagaia (39) embarcaram em uma simpática Kombi verde e amarela batizada de “Caipirinha” em janeiro desse ano com destino às belas e pitorescas estradas que atravessam a América Latina. Na cabeça, 18 mil km e 17 países a percorrer, no que ao final se tornará a realização de um sonho antigo: viajar pela América e mostrar ao mundo que é possível ser feliz com simplicidade através de histórias de pessoas verdadeiramente felizes.

Tenho acompanhado bastante o blog dos caras e os posts, de periodicidade mais ou menos semanal, que são inteligentes, engraçados e cheios de informações, dicas e curiosidades. Realmente inspirador, é impossível não sentir vontade de viajar depois de ler algumas poucas linhas do blog. Impossível não delirar!

Outra que eu adorei conhecer, seguir, aprender e curtir muito foi a expedição do Viagens Maneiras. Velho conhecido dos mochileiros da internet, Gustavo Vivacqua percorreu 129.111 km, viajou 746 dias, visitou 46 países, tomou 279 cervejas diferentes, ouviu 32 idiomas, fez 91 diários de bordo, teve 13 idas ao hospital e 40 idas ao veterinário (seu companheiro de viagem é seu cão labrodoido Tapa!).

Melhor que isso, Gustavo assegura que não teve nenhum pneu furado, sofreu apenas uma extorsão policial em 18 batidas que sofreu, fez 8 viagens aéreas, 3 de container, pegou 19 ferry boats, perdeu o cachorro 5 vezes e – felizmente – não sofreu NENHUM furto ou roubo de dinheiro ou documentos. Já deu pra sacar que a trip foi um sucesso, né? Então acesse aqui o guia completo da viagem e se emocione com eles.

Duvido que só de dar uma olhadinha nos sites não brote aquela vontadezinha de pegar uma estrada…

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Nunca a Antártida esteve tão perto

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Que o Ártico é um oceano cercado por continentes, enquanto a Antártida é um continente cercado por oceanos, você já sabia. Que ambos os polos compartilham o clima mais frio da terra, onde somente alguns vegetais primitivos como musgos e líquens podem sobreviver, também.
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O que provavelmente você não sabia é que enquanto no Ártico há uma série de etnias nativas isoladas tocando suas vidas há milhares de anos, na Antártica não há nada nem ninguém vivendo definitivamente desde sempre, justificando seu título de lugar mais inóspito do planeta.
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O primeiro louco que passou por ali foi James Cook, que em 1773 navegou pelo círculo polar antárctico (linha imaginária ao norte do continente) mas pouco ficou. Em 1911, Roald Amundsen finalmente chegou ao Pólo Sul, seguido por Robert Falcon Scott um mês depois. Aliás, a trágica aventura desde último, que morreu em missão, foi contada no belo e emocionante livro Rumo ao Pólo Sul (um dos melhores que eu já li!).
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Brasileiros também já passaram por lá. Este ano mesmo, tivemos a triste notícia de que nossa base – a Estação Comandante Ferraz – sofreu um grave incêndio que vitimou dois oficiais e dizimou boa parte dos equipamentos e pesquisas do Brasil no continente gelado. A base será reconstruída e o governo condecorou os militares mortos incidente. Há ainda um ótimo documentário das viagens do Mar sem Fim do Amyr Klink por lá. Assista no netflix.
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Nada disso é novidade. A grande sacada da vez é mesmo do Google: o Street View está na Antártida! Ok, isso não é exatamente novo, já que algumas imagens já estão disponíveis para o serviço desde 2010, mas dessa vez vários  lugares históricos foram mapeados, fotografados e filmados pelo projeto Google World Wonder Project. Agora dá pra ver, por dentro e por fora, os detalhes da cabana do Capitão Robert Falcon Scott, por exemplo.
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Confira abaixo a apresentação do serviço e o video promocional. Boa viagem!
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Back in September 2010, we launched the first Street View imagery of the Antarctic, enabling users from more habitable lands to see penguins in Antarctica for the first time. Now we’re bringing you additional panoramic imagery of historic Antarctic locations that you can view from the comfort of your homes. We have added this special collection to our World Wonders site, where you can learn more about the history of South Pole exploration.
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[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=g7VzVTNN6DA&feature=player_embedded]
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‘O Marzão naufragou’

A partir desta quinta-feira, um clique em www.marsemfim.com.br oferecerá ao navegante 45 horas de documentários, cerca de 4 mil fotos, mapas, dezenas de entrevistas com professores universitários, ambientalistas, técnicos do governo e gente simples e sofrida, os nativos.

O navegante ainda pode escolher outro destino, a Antártica. Esta expedição, que o levará à Ilha Rei George, onde está a base brasileira, resultou em cinco horas de documentários.

O criador do site e autor de todo o material é João Lara Mesquita, da família fundadora do jornal O Estado de S. Paulo. Apaixonado pelo mar desde criança, esse foi seu caminho natural quando deixou o comando da Rádio Eldorado, de São Paulo, em 2003.

“Acordo pouco depois das 8 da manhã. Nem bem saí do beliche quando Plínio (um dos tripulantes) voltou lá de fora, arrasado, e me abraçou. ‘O Marzão naufragou’, disse, ‘só a proa está de fora’. Foi um choque terrível. Um golpe. Um direto no queixo.”

Foi assim que o jornalista e ex-diretor da Rádio Eldorado, João Lara Mesquita, de 56 anos, descreveu o instante em que soube do naufrágio do barco Mar Sem Fim, ocorrido na madrugada de sábado na Antártida, próximo à Baía de Fields. Mesquita, capitão do barco, e a tripulação, formada por Plínio Romeiro Júnior, de 58 anos, Alonso Irineu Góes, de 65, e Manoel de Souza, de 35, haviam sido resgatados na quinta-feira por marinheiros da base chilena local.

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Roadtrip pelo Nordeste: São Miguel do Gostoso, Maracajaú, Tamandaré (Carneiros) e São Miguel dos Milagres (Patacho)

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Entardecer em Macajaraú-RN

Missão cumprida! Acabo de voltar de uma fantástica roadtrip  entre Rio Grande do Norte, Paraíba (só de passagem), Pernambuco e Alagoas. Foram oito inesquecíveis dias rodando pelas estradas nordestinas com o objetivo de cobrir todos os filés dos vilarejos mais afastados e suas melhores praias, além de um teco da boa gastronomia das capitais.

Infelizmente, a viagem original de quinze dias teve de ser cortada pela metade, obrigando o grupo a excluir João Pessoa e mais alguns locais, que ficaram para outra vez. Mas o clima, a época e as belezas de região colaboraram demais e tudo saiu perfeito. Segue o relato com preços e informações atualizadas até abril/2012, em geral referindo-se a um casal, exceto quando indicado.

  • DIA 01 – Sampa – Recife-PE

Vôo promocional da GOL ida-e-volta por $245 comprado com 03 meses de antecedência. Tive que remarcar a volta, o que me custou uma passagem adicional de $299 (vôo noturno) e mais $90 de taxa de “no-show”. Explico: como a promo era de ´volta por um real´, não tive reembolso algum da volta e não pude remarcar a viagem, pois a Gol não o permite para passagens promocionais. Aí tive que comprar uma passagem adicional (sorte que achei um vôo noturno mais barato) e ainda pagar a taxa por não ter aparecido na volta. Portanto, aprende aí, se rola uma chance alta de você ter que remarcar alguma coisa, pense bem e informe-se antes de comprar uma passagem promocional. No meu caso, não havia alternativa. (mais sobre passagens aéreas e descontos aqui)

Bem, a chegada em Recife se deu com a habitual gritaria de táxis alternativos, locadoras de carros e empresas que organizam passeios, já no saguão de desembarque do bonito Aeroporto dos Guararapes. Nós já tínhamos escolhido com antecedência a Locadora Comfort que nos arranjou um Prisma 1.4 zerinho por $79 a diária. De todas as locadoras regionais (veja aqui um bom guia com todas elas) era a que aliava locação mais barata com um bom seguro contra acidentes e terceiros, bem como tinha loja física e um atendimento atencioso. Recomendo ligar direto para o Sr. Anderson, proprietário, nos tels 81-9221.3932, 9788-0077 ou 8577-7352 e tratar diretamente. As locadoras nacionais (Localiza, Movida, Hertz etc.) cobravam simplesmente o dobro. Optamos pelo Prisma para ter espaço de sobra para as malas e fazer uma trip confortável.

De lá formos direto a casa de amigos no simpático Bairro de Boa Viagem, onde passamos a tarde e a noite. Para quem precisa de hospedagem, amigos já ficaram no Albergue Piratas do Sol e gostaram. Para comer em Boa Viagem não há muitas opções baratas, então se quiser/puder experimentar um restaurante mais bacana, visite o famoso Paraxaxá que é por quilo e vale a visita.

  • Dia 02 – Recife/PE – Maracajaú/RN – Visita aos Parrachos

Acordamos bem cedo, nos despedimos do pessoal e partimos direto a Maracajaú-RN. São 347 km em boas condições da BR-101 (exceto o trecho inicial a partir da capital pernambucana) que fizemos em cerca de 5 horas de viagem. A estrada é linda e razoavelmente segura se feita de dia, uma delícia de dirigir. Só recomendo atenção na gasolina (há poucos postos de boas bandeiras) e com os poucos lugares para comer, porém nada que pequenos lanches e provisões compradas em lojas de conveniência ao longo do trecho não resolvam.

Chegando ao ridiculamente pequeno povoado de pescadores, cumprimentamos nosso anfitrião e fomos direto contratar o passeio aos parrachos. Parrachos são recifes de corais, que em Maracajaú ficam a 7km da costa, que na maré baixa formam várias piscinas naturais de águas quentes e límpidas, passeio absolutamente imperdível e certamente um dos melhores do Estado. Escolhemos este porque além de ser muito bem recomendado no Mochileiros, já tivemos conhecidos por lá que mochilaram toda a Costa dos Corais e disseram que lá era o mais tranquilo. E com razão, já que achamos tão bonito por ali quanto nos mesmos passeios em Pernambuco (recifes) e em Alagoas (galés). Todos os nomes significam a mesma coisa: piscinais naturais formadas ao redor de formações de corais. Depois de muito pechinchar, escolhemos o passeio na agência que fica no Esquina Praia Restaurante, de propriedade do Júnior e da Rosineide. Ligue lá: 84-9618-1355, 3261-6213 3 9971-5811. O preço normal é $75 pp, mas na baixa temporada nos cobraram $55. Caso queira fazer com cilindro e batismo, fica $95 (ficamos no snorkel mesmo, já incluído). Ao contrário do que ocorre em Alagoas e Pernambuco, os passeios aqui são feitos em jangadas motorizadas ou pequenos barcos, com muito menos gente, sem música ambiente. Só você, os locais e a natureza.Se você prefere algo mais agitado e curte uma cabeçada na areia e na água, escolha outro lugar.

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Parrachos – Maracajaú

No vilarejo há duas opções para comer à noite, quando os quiosques ficam fechados (na alta alguns deles ficam abertos à noite também): Tereza Pança ($40 o peixe grelhado com pirão – normalmente Cavalinha, $25 a porção de camarão, incríveis $4,50 a caipirinha e $2,50 os sucos naturais; e Ponto de Encontro (mais simples, com preços ligeiramente menores, pratos maiores e ambiente mais simples). No Ponto, comi um ótimo abadejo na chapa com fritas (meio oleoso demais), com bom purê de batata, arroz e salada fartos a R$39, que serve três pessoas. Bebidas com preços similares ao Teresa, da simpática Michaela.

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Não conta lá em casa!

nao conta

Há tempos eu não topava com um programa tão bacana na televisão. Residente no Multishow, a série é sobre quatro caras que cuja missão é mochilar para zonas de conflito registrando suas impressões em vídeo. O objetivo, segundo eles mesmos, é revelar um outro lado de países que se encontram em situações extremas, desmistificando a visão midiática da questão e  apresentando o ponto de vista dos moradores. Imperdível.

Se você se interessou, dê uma passada no blog do Russo, um dos caras que ajudou o grupo a organizar uma trip para a região do Cáucaso (Daguestão, Chechênia, Ossétia do Norte, Ossétia do Sul e Abkházia, região da extinta União Soviética). Lá o cara hospeda vídeos de boa parte da quarta temporada da série e segundo ele “foi mais uma daquelas viagens que muita gente pagaria para não ter que fazer, mas os caras enfrentam isso para mostrar que existe vida além daquilo que a gente vê no noticiário internacional”. Há algum material extra sobre a série também.  

Na minha opinião, aquela temporada foi a mais interessante. O programa visitou uma Missão de Ajuda Humanitária do Tsunami no Japão, exploraram o Haiti (triste!), a polêmica Cuba (nós também já fomos! veja aqui) , o já citado perrengue no cáucaso com direito a atentados terroristas, KGB e  picos interessantes em Moscou) e finalizaram com um episódio especial sobre Hiroshima, mostrando como os japoneses reagiram na época, como encaram hoje em dia o episódio e todos os museus e monumentos relacionados.

A atual sétima temporada está rolando e você pode conferir as reprises no horário oficial do programa: quartas às 22h (horário do inédito) e reprises às quintas  14:30, sábados 3:30, domingos 8:00, segunda 14:00, terça 1:30 e quarta 6:00.

Visitem também: Site Oficial

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Viajar e voluntariar

Boa dica do Catraca Livre para aproveitar o período de férias para viajar e ao mesmo tempo realizar trabalhos voluntários em qualquer lugar do mundo

“Encerra-se o ano letivo e os estudantes têm aproximadamente dois meses para renovar as energias e refletir sobre o próximo ciclo a ser iniciado. Nesse mesmo período, as opções são diversas. Pode-se viajar e conhecer outras culturas, buscar um novo empregoparticipar de cursos de férias para ampliar o currículo ou optar por ajudar aqueles que necessitam de apoio e, provavelmente, não terão as mesmas opções citadas anteriormente. Ao final do 10º “Ano Internacional do Voluntariado” – instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) – o que não faltam são oportunidades de aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade de maneira empírica e com profunda relevância social.

Os sites Voluntarios e Voluntariado são bons exemplos de portais que auxiliam na busca por entidades que precisam de apoio. Ambos permitem que o usuário busque por instituições que estão próximas de sua moradia e ajudam a identificar o perfil do futuro voluntário, além da área em que se pretende atuar. Com as informações devidamente preenchidas, os sites trazem como resultado os endereços, contatos e a pessoa que se responsabiliza pela entidade.

Para os que pretendem sair do país em viagem, um outro portal reúne opções de trabalho voluntário em diferentes regiões do globo. A CI (Central de Intercâmbio)  reservou uma seção de sua página para serviços em países como Índia, Namíbia e Peru. Os interessados podem escolher se querem atuar em organizações voltadas para a preservação do meio ambiente, cuidados com animais abandonados e crianças com deficiência física ou mental. Em geral, os projetos duram de 2 a 12 semanas e o site apresenta diferentes preços para cada pacote de viagem.

Se a busca é por uma chance de unir responsabilidade social com empatia e profissionalismo, o trabalho voluntário surge como uma boa opção para o período de férias.”

* Fonte e texto original aqui, Feliz Natal e um 2012 de muitas mochiladas a todos!
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Blogs pelo mundo dos Médicos Sem Fronteiras

Atualizado em 07/04/2020

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária independente cuja missão primordial é levar ajuda às pessoas que mais precisam, em qualquer lugar do mundo em que estejam e quando isso não é possível, ao menos tornar públicas as situações enfrentadas pelos países que sofrem.

Em tempos de covid-19, corona vírus, malárias e o recrudescimento de regimes ditatoriais mundo afora, o MSF é fundamental para dar alento a um sem número de pessoas desprotegidas.

Os caras tem um time de mais de vinte mil pessoas, nas mais diversas áreas de atuação e formação, espalhados por 65 países, atuando diariamente em situações de desastres naturais, fome, conflitos, epidemias e combate a doenças negligenciadas. Desde 1971, sobrevivem totalmente independentes de qualquer governo e se sustentam basicamente por contribuições privadas. É identidade, responsabilidade, moral, atitude.

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