Capitólio e Serra da Canastra: um roteiro alternativo e econômico

ATUALIZADO!Atualizado em 26/04/2021

Estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços, supermercados e galerias funcionando das 9h às 17h, de segunda a sexta com capacidade de atendimento reduzida. Bares, restaurantes  e lanchonetes das 5h às 22h, de segunda a sexta, com 1/3 da capacidade de atendimento. Após o horário e aos sábados e domingos, por ora,  somente por delivery e drive-thru.

Um roteiro de carro econômico (mas sem miséria) com trilhas, cachoeiras, passeios de barco, degustação de queijos canastra e um pouco de lama. 

Minas Gerais é tão vasta, diversa e linda, que proporciona tantos roteiros de viagem quanto as estrelas de seu céu infinito. A viagem que narro a seguir deu-se no reveillon de 2017/2018 e foi fruto de um planejamento que levou em conta a maior diversidade possível de passeios, gastando menos com hospedagem e aproveitando o que a região tem de melhor: as paisagens bucólicas, os queijos incríveis, as cachoeiras abundantes e o povo hospitaleiro.

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Petrolina e Juazeiro : Guia Completo com Dicas e Roteiros pelo Vale do São Francisco

“Um rio, meus amigos, é profundo como a alma de um homem.
Na superfície, são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros, como o sofrimento dos homens”.
Guimarães Rosa
 
E é por causa do Velho Chico que eu caí pra esses lados quando planejei a viagem para o Parque Nacional da Serra da Capivara, em 2016. Pesquisando num site aqui e outro ali, conversando com amigos que já foram e assistindo a alguns documentários na TV, entendi que o percurso mais interessante para atingir o sertão do Piauí seria partir não da capital daquele Estado, mas sim da ilustre capital do São Francisco pernambucano – Petrolina – e sua vizinha baiana – Juazeiro.

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Guia completo para visitar a Serra da Capivara – PI

Atualizado em 20/01/2021

Tudo que você precisa saber para explorar o Parque Nacional da Serra da Capivara e região, com dicas e informações atualizadas. 

Agora que você já se apaixonou pela Serra da Capivara, vamos conhecer a região em detalhes, para que você saiba o que vai encontrar por lá e fazer a viagem mais econômica, divertida e enriquecedora possível.

Quando ir

Aqui não tem segredo. As chuvas no sertão do Piauí são raras, irregulares e as temperaturas sempre altas. Não há rios perenes no Parque e longos períodos de estiagem são frequentes, sendo a temperatura média anual de 28° C. Alcança frequentemente os 35º, especialmente de outubro a janeiro.

O período seco vai de junho a dezembro, quando apresentam-se as melhores condições para trilhas e observação da fauna local. Nessa época a caatinga faz jus ao nome (“selva branca” em tupi). Um ecossistema único no mundo, composto de árvores de pequeno porte bastante espaçadas, que durante esse período ficam esbranquiçadas e quase sem folhas, facilitando o avistamento de animais como veados catingueiros,  guaribas , macacos prego, saguis, tatus, jacus, cotias, preás, serpentes, iguanas – e com muita sorte –  catetos e onças. Além de eles se destacarem na paisagem, pode-se localizá-los próximos aos pontos d´água manejados pelo Parque ou nas adjacências.

Entre os meses de dezembro e maio, a vegetação tinge-se de verde, flores e poços surgem na paisagem e a poeira e a secura diminuem um pouco, porém as trilhas sobre as pedras ficam mais escorregadias e o acesso a algumas atrações, bem como a contemplação de pinturas rupestres se tornam um pouco mais cansativos, porém totalmente executáveis.

Conclui-se, portanto, que o Parna da Serra da Capivara pode ser visitado o ano inteiro, dependendo das condições que você prefere encontrar. Calor é inevitável, chuva e composição da paisagem são opcionais.

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São Francisco Xavier: Cultura e Lazer de Montanha

Um dos cantinhos mais bacanas do Sudeste é justamente aqui, nas montanhas da Serra da Mantiqueira entre Minas e Sampa, onde poucos quilômetros separam Gonçalves, Campos do Jordão, Monte Verde, Joanópolis, Extrema, Santo Antônio do Pinhal e outras tantas cidadezinhas charmosas, aconchegantes e ricas em fauna e flora silvestre.

São Chico não é diferente. Como quase todas as vizinhas, foi passagem e pouso de tropeiros que vinham de Minas Gerais comercializar nas regiões mais povoadas do Vale do Paraíba, em especial São José dos Campos e Jacareí. Criado em 1892, o distrito de 322 km² viveu boa parte de sua história exclusivamente da agropecuária, mas desde 1992 sua vocação ecoturística cresceu, especialmente por conta de uma lei municipal que transformou mais da metade da cidade em área de preservação ambiental, impondo severas restrições ao desmatamento e a novas construções. São Chico hoje também é uma APA Estadual pela Lei n° 11.262/2002 e é a área verde mais significativa do Município de São José dos Campos.

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Reveillon Mineiro, Dia 07: Mirante do Mangabeiras em Belo Horizonte e volta para casa

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Pé na estrada, chegamos muito rápido a Belo Horizonte. Realmente a época do reveillon é bastante tranquila na capital mineira, muito diferente do que estamos acostumados em São Paulo.

Este não era nosso destino final, pois como você já leu no post sobre Belo Horizonte, lá no começo da trip, viemos de avião e o aeroporto fica em Confins,  que fica a 38km do centro da capital. Mas o diferencial na hora de escolher a locadora de carros (Movida) foi justamente esse: poder escolher se devolve o carro na loja do centro ou no aeroporto. Pela comodidade, escolhemos a segunda opção, economizando no traslado e garantindo mais uma visita rápida a BH.

Como a viagem foi muito rápida de Ouro Preto a BH, sobrou-nos algum tempo livre que aproveitamos para conhecer o Mirante do Mangabeiras, que fica na Rua Pedro José sIMG_4935Pardo, 1000, bem atrás do Palácio Mangabeiras. Recém-reformado, o mirante, que abre das 10-22h e fica numa área de 35 mil metros quadrados,  conta com dois decks de madeira bem bacanas que dão conforto aos que vão ali para apreciar a vista mais bonita de BH, relaxar, jogar conversa fora ou simplesmente caminhar. Vale ressaltar que o local é perfeitamente seguro, cercado, vigiado pela Guarda Municipal e por um sistema inteligente de câmeras de segurança, totalmente diferente do que era há um ano atrás, por exemplo. Aqui vale a dica atualizada, portanto, ignore as advertências remanescentes de guias, blogs, sites de turismo e fóruns internet afora. Muitos moradores também não sabem que o local foi reformado e deixam de recomendar a visita a um dos pontos mais legais de BH.

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E foi assim que encerramos a viagem com chave de ouro. À nossa espera, um 2013 cheio de viagens, emoções e quem sabe mais uma visita à capital mineira e seus arredores que ainda têm muito a ser explorado.

Espero que aproveitem as dicas e façam o roteiro, que vale muito a pena apesar de parecer um pouco corrido. O fato é que BH, Ouro Preto e até mesmo o Santuário do Caraça, sozinhos , já valem ficar todos os sete dias de viagem em que conhecemos todos eles juntos.

Pesquise, planeje, roteirize e se jogue. Todo brasileiro merece conhecer Minas Gerais!

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Reveillon Mineiro, Dia 04: Ouro Preto

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Provavelmente esse seria o dia mais desafiador da viagem no quesito “tempo”. Como conhecer uma cidade tão grande, rica e variada com apenas um dia inteiro para apreciá-la? A ideia era fazer da forma mais calma possível, sem stress e correria, porém conhecendo o maior número de atrações.

Dado o traçado tortuoso com ruas apertadas e acidentadas, repletas de impiedosas ladeiras, a melhor e mais tranquila forma de conhecer a cidade, sobretudo o centro histórico, é mesmo a pé. Contratamos um guia na Praça Tiradentes – cobra-se cerca de 60 reais mais o almoço do guia por um dia inteiro de passeio – e partirmos para uma caminhada em meio a uma verdadeira overdose de informações, paisagens, contos e causos sobre a Inconfidência, a época da mineração e o estilo de vida mineiro.

Para nós, a visita já começou por ali mesmo, no Museu da Inconfidência. Muito bacana, com toda informação e relíquias das Minas coloniais que se pode imaginar. O belo edifício renascentista demorou quase 70 anos para ser construído e hoje é o principal ponto turístico da cidade. Já foi Câmara Municipal e Penitenciária Estadual, mas de 1938 pra cá passou por diversos trabalhos de restauração e preparo, tornando-o um moderno e organizado museu, muito gostoso de visitar.

IMG_4846sO trajeto que fizemos acho que pouco importa, já que o montamos de acordo com algumas necessidades particulares que tínhamos: um estava com fome, outro precisava de uma farmácia, outro queria comprar artesanato e por aí vai. Acho que o jeito mais legal de conhecer OP é se jogar nas ladeiras sem pressa, sem obrigações, só para sentir de verdade o lugar. Aquelas ruas apertadas de calçamento rústico e calçadas empoeiradas, repleta de uma arquitetura tão peculiar, me causaram uma sensação parecida com aquela do Gil de Meia Noite em Paris. Fiztgerald, Dali, Hemingway e Picasso aqui são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Tiradentes. Rola uma sensação de exumação, uma mistura de reminiscências da época de escola com deslumbramento por me impressionar com aquilo tudo como também o fizeram Guignard, Drumond, Vinícius. Ouro Preto é tudo que eu imaginava, mas que não dá para descrever. Passear de dia pela Rua São José é mergulhar na história. Caminhar à noite é entender porque Olavo Bilac escolheu aquele lugar para refugiar-se no passado. Ali todo parnasiano vira barroco, inevitavelmente.  

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Reveillon Mineiro, Dia 02: Brumadinho e Inhotim

Instituto Inhotim – Brumadinho. Horto florestal e galeria de obras de arte contemporâneas de artistas como Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Adriana Varejão, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff

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Sempre que acordo num quarto de hotel, ansioso por um dia cheio de acontecimentos espetaculares, penso na famosa frase de Martha Medeiros: excesso de expectativa é o caminho mais curto para a frustração. A pensadora tem sim sua razão, mas diante do maior e mais famoso museu brasileiro do mundo não há quem segure.

Chamado de “o melhor passeio que você ainda não fez” por Ricardo Freire, o Instituto Inhotim é sem dúvida o projeto cultural mais ousado e bem sucedido da história brasileira recente. Um imenso conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto e em galerias temporárias e permanentes, situadas em um belíssimo Jardim Botânico de 97 hectares com cinco lagos e uma área de reserva natural de riquíssima biodiversidade.

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Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Adriana Varejão, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff e dezenas de outros artistas de renome internacional têm seus trabalhos expostos com total liberdade num museu – que mais se assemelha a um parque de diversões de arte contemporânea – tão rico e variado que precisa de pelo menos dois dias para ser conhecido em sua plenitude, com a calma e atenção que as obras (e você) merecem. E serei sincero agora: nada entendo de arte, o tal gênero contemporâneo normalmente me arranca bocejos de tédio. Não fosse a fama sobrenatural do local (e sua imensa área verde) tocaria direto para Ouro Preto. Bobagem! Qualquer leigo certamente vai ficar impressionado. É sério.

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Feriado em São Miguel Arcanjo : Show de Mata Atlântica no Parque Estadual Carlos Botelho

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Atualizado em 23/11/2019

Seguindo na busca por lugares eco-interessantes no sudeste brasileiro ainda não descobertos pelas grandes multidões, compartilho com vocês mais um achado, dessa vez em terras paulistas:  São Miguel Arcanjo!

E bota “eco” nisso! Dos cerca de 1.200 muriquis existentes no Brasil hoje, mais de  800 estão no Parque Estadual Carlos Botelho, um dos mais ricos em vida selvagem do Estado de São Paulo, bem ali no coração de São Miguel. Juntam-se a eles mais de 200 espécies de aves em 37 mil hectares de matas primárias e secundárias em franca regeneração. Paraíso.

Criado em 1981 a partir da unificação de quatro unidades de conservação (Carlos Botelho, Capão Bonito, Travessão e Sete Barras) o parque é a atração mais bacana de São Miguel e hoje é reconhecido oficialmente pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Mundial Natural.

E Como todo bom parque estadual, o Carlos Botelho tem uma área bastante extensa, destinada à proteção de seu ecossistema, cuja finalidade é resguardar seus atributos naturais, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos científicos, educacionais e recreativos. E não é só: o Parque da Onça Parda e a Parque do Zizo são duas RPPNs vizinhas que valem a visita.

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