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“A realidade é de fato uma eterna caixa de surpresas. Nada como um dia após o outro para comprovar que a vida real pode ser mais surpreendente do que a mais extraordinária fantasia que venha habitar a nossa mente. Mais incrível ainda é o fato de uma assombrosa descoberta – com notável impacto para os conhecimentos geográficos, físicos, químicos, biológicos e até mesmo astronômicos – estar localizada no longínquo continente gelado.
Argumento que dispensaria argumentação, os livros didáticos sugerem direta ou indiretamente que a Antártida seria simplesmente um continente coberto por uma vasta geleira. Nada mais do que um continente gelado, sem nenhuma outra singularidade além de sua enorme capa de gelo, habitada nos bordos por alegres colônias de pingüins e algumas outras espécies da vida selvagem, todas ameaçadas pelo aquecimento global.
Contudo, este continente abriga segredos que ninguém poderia sequer imaginar. Na última década do Século XX, diversas pesquisas comprovaram a existência, sob a capa de gelo, de nada menos que 140 lagos subglaciais.
Isto mesmo, formações lacustres lacradas pela espessa calota polar da Antártida. Estes lagos acumulam enorme volume de água doce, alcançando em alguns casos dimensões extraordinárias.
De todos, o destaque cabe ao Lago Vostok, cuja existência somente foi confirmada em 1996 por glaciólogos russos e britânicos. Situado centenas de quilômetros no interior da Antártida, Vostok possui 240 km de comprimento e 50 de largura, concentrando a fabulosa quantidade de 5.400 km³ de água doce. Com 15.690 km², sua área equivale à do Lago Ontário, um dos Grandes Lagos da América do Norte. Porém, é muito mais profundo. Enquanto o Ontário possui no máximo 244m de profundidade, o Vostok, de acordo com algumas pesquisas, alcançaria 1.000 m em alguns pontos!” (…)
Continue lendo aqui a reportagem ilustrada de 2009 do
Prof. Dr. Maurício Waldman, Pós-Doc do Instituto de Geociências da UNICAMP – fonte: www.mw.pro.br.