Rumo ao Sul: Dia 4 (de Praia Grande a Cambará do Sul)

O sol nasceu por volta das seis da manhã e cerca de duas horas depois lá estávamos nós destruindo a mesa do café da manhã do Seu Sérgio, de malas prontas para sair. Como já dito em outros posts, aqui tínhamos que tomar uma decisão:

a. Voltar sentido litoral, cair na BR101, seguir até Terra de Areia (não deixe de experimentar um abacaxi por ali, especialidade dos caras), dobrar à direita na RS-453 ( Rota do Sol), seguir 55 km até o trevo que dá acesso a Cambará do Sul, dobrar à direita na RS-020 e vencer os últimos 34 km.  Ou…

b. Adentrar mais uma vez a Serra do Faxinal a partir de Praia Grande mesmo.  Até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra, que visitamos no dia anterior, são cerca de 20 km. Depois, até o centro de Cambará, mais 20km dos diabos naquele mar de pedregulhos, poças d´água e Murphy acenando o tempo todo à beira da estrada.

Como já havíamos conhecido o primeiro trecho da Serra do Faxinal no dia anterior e não haveria grandes novidades até Cambará, coletamos algumas informações com os locais e optamos por seguir a Rota do Sol. Todas as informações diziam que todo o trecho a ser vencido teria cerca de 132km de asfalto bem cuidado e paisagens deslumbrantes. Pela novidade, pelo bem do carro e também pela curta distância, seguimos por ali. De relevante acerca de segurança, vale atenção em todo o trecho da BR-101 a partir de Torres, pois ali começa outro trecho em obras daqueles. Porém, garanto: a Rota do Sol compensará todo o esforço com suas belíssimas curvas e paisagens de tirar o fôlego. De Torres a Cambará levamos  aproximadamente duas horas e meia de viagem. Nas serras do trecho final vale dar uma parada nos mirantes, respirar o ar úmido e puro da região, comer um abacaxizinho nas inúneras barracas que se multiplicam em alguns pequenos centros e curtir uma trip tranquila pelas bucólicas paisagens locais. Alguma atenção e olho no mapa nos entroncamentos e não haverá qualquer problema.

Importante: Cuidado com os radares na região da Tainhas. Caso você decida dar uma esticada Até São Francisco de Paula, Gramado ou Canela, redobre, triplique, quadruplique a atenção com os pardais. Um dos legados de Ieda Crucius para os gaúchos é essa infestação radares fixos e móvei,s ávidos por motoristas ansiosos. Caso você não esteja fugindo da polícia, vá na boa. rs

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Rumo ao Sul : Dia 2 (Bombinhas-SC a Praia Grande-SC)

Rumo aos cânions !!

Mas não foi fácil. De Bombinhas a Floripa são 70 km bastante tranquilos, mas daí para frente é pista simples, em obras e com pouquíssimos pontos de ultrapassagem por cerca de 160 km até Tubarão. Fiz o trecho todo debaixo de uma tempestade sem precedentes, desviando de caminhões dirigidos por loucos, motos ziguezagueando ameaçadoramente entre os carros e tratores removendo sujeira e entulho da pista, que surgiam a todo momento nos trechos mais inusitados da estrada. Com visibilidade quase zero e obras para todo lado, aquele trecho em manutenção mais parecia uma zona de guerra. Felizmente, as obras hoje e dia já estão em fase final e o problema em breve deve desaparecer. De São Paulo a Tubarão foram 818km.

Depois é só seguir em direção ao Rio Grande, passando pela cidade de Araranguá. A dica aqui é ficar esperto assim que passar a cidade de Sombrio: poucos quilômetros à frente está a saída para Praia Grande-SC, que estava sem qualquer sinalização em maio de 2009.

Aqui, o motorista tem que decidir qual rota seguir. São duas opções:

1. Passeio de Tia: Passar direto por Praia Grande, seguir até Torres (já no Rio Grande) depois mais 43km até Terra de Areia (não deixe de experimentar um abacaxi por ali, especialidade dos caras) onde dobra-se a direita na RS-453 ( Rota do Sol). São 55 km até o trevo que dá acesso a Cambará do Sul, onde dobra-se à direita na RS-020, faltando apenas 34 km. Todo esse trecho tem 132km de asfalto bem cuidado. Importante: a partir de Torres, a BR-101 tem outro trecho em obras, o que requer atenção redobrada. Porém, a Rota do Sol compensará todo o esforço com suas belíssimas curvas e paisagens de tirar o fôlego. De Torres a Cambará são aproximadamente duas horas e meia de viagem.

2. Na Coragem: A outra alternativa é atacar os cânions logo de cara, adentrando Praia Grande. Até o centro da cidade é tudo asfaltado, depois a estrada é de chão e piora logo à frente: todo o leito carroçável da Serra do Faxinal é revestido de pedras soltas. A paisagem é exuberante, porém a estrada exige muita atenção e sobretudo paciência. Evite este caminho durante a noite e com neblina, especialmente se tiver chovido. Até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra, onde fica o Cânion Itaimbezinho, são cerca de 20 km. Depois, até o centro de Cambará, mais 20km na mesma qualidade. Dirigindo com prudência e muito cuidado, qualquer carro vence o Faxinal, mas é recomendável informar-se previamente sobre as condições da estrada na Secretaria Municipal de Turismo nos tels. (54) 3251.1320 / 3251.1557 (boa sorte!).

Qual escolhemos? Praia Grande na cabeça!

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