Conheça o Amazonas: seu guia cidade/selva para explorar a Amazônia

Naquela dilatação maravilhosa dos horizontes, banhados no fulgor de uma tarde incomparável, o que eu principalmente distingui, irrompendo de três quadrantes dilatados e transcoando-os inteiramente – ao sul, ao norte e a leste – foi a imagem arrebatadora da nossa pátria que nunca imaginei tão grande
                                                                     Euclides da Cunha, Um Paraíso Perdido.
Conhecer a Amazônia é conectar-se com o que a natureza tem de mais belo e brutal, mergulhar no Brasil profundo, rico, exuberante e autêntico.
E conhecer a Amazônia pelo Estado do Amazonas é superlativo em todos sentidos: o maior Estado do país em extensão territorial, com uma área de 1 559 146,876 km², é maior que as regiões Sul e Sudeste juntas. É mais do que os territórios de França, Espanha, Suécia e Grécia juntas. E que riqueza!
No roteiro que narro a seguir, de quinze dias, apenas arranhei esse naco de terra maravilhoso e fiquei impressionado com tudo que vi, vivi e aprendi. Os incríveis restaurantes, museus e parques de Manaus, as caminhadas na selva, os banhos e passeios de barco naquela imensidão de rios, a cultura dos ribeirinhos, seringueiros e indígenas, o contato com as exuberantes fauna e flora amazônicos. Experiências que não tem preço.
E por falar em preço, vamos ao que interessa: viajar pelo Amazonas é caro? É. Mas é despropositadamente caro? Não. Entender o porquê não é óbvio, mas é simples: numa área de proporções tão gigantescas, cujo principal meio de deslocamento é fluvial, a questão é a praticidade. Você pode ter muito tempo, deslocar-se numa canoa e gastar nada ou pode se valer da tecnologia, viajar de avião e barcos à motor, conhecendo mais coisas em menos tempo. E é por isso que comparar uma trip pelo Amazonas com orçamentos para destinos internacionais, como uma caminhada pelas ruas de Lisboa ou descansar um resort no Caribe, não faz o menor sentido.
Além da questão financeira, decidir viajar para o Amazonas é uma questão de experiência. Nada do que você viverá na maior floresta tropical do planeta se compara a experiências culturais no Velho Mundo ou comer lagosta num mar de águas cristalinas. Todas essas viagens têm seu valor, seu custo, seu retorno, sua marca. A proposta aqui é de uma viagem que vai mudar a sua cabeça para sempre, expandir sua ideia de Brasil, enriquecer a sua vida. Quem vê um rio do porte do Amazonas de pertinho, atualiza todas as suas definições de grandeza. Quem experimenta um peixe amazônico fresco, nunca mais vai comer tilápia do mesmo jeito. Quem enxerga aquele tapete verde da janela do avião pela primeira vez, jamais vai caminhar num parque da mesma forma. Tudo vai mudar! E você pode fazer isso sem abrir mão de conforto, sem endividar-se por décadas, sem correr riscos desnecessários.
Mas como planejar tamanha jornada se você nunca fez nada parecido antes? O roteiro que escolhi, para ficar claro, contempla o máximo de experiências marcantes, num tempo razoável e gastando o mínimo necessário para realizá-las sem sofrimento, com segurança, diversão e aprendizado. As dicas e relatos, no entanto, permitem adaptar o roteiro se o seu objetivo for um mochilão super econômico ou mesmo podendo gastar um pouco mais.

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Guia completo para visitar a Serra da Capivara – PI

Atualizado em 20/01/2021

Tudo que você precisa saber para explorar o Parque Nacional da Serra da Capivara e região, com dicas e informações atualizadas. 

Agora que você já se apaixonou pela Serra da Capivara, vamos conhecer a região em detalhes, para que você saiba o que vai encontrar por lá e fazer a viagem mais econômica, divertida e enriquecedora possível.

Quando ir

Aqui não tem segredo. As chuvas no sertão do Piauí são raras, irregulares e as temperaturas sempre altas. Não há rios perenes no Parque e longos períodos de estiagem são frequentes, sendo a temperatura média anual de 28° C. Alcança frequentemente os 35º, especialmente de outubro a janeiro.

O período seco vai de junho a dezembro, quando apresentam-se as melhores condições para trilhas e observação da fauna local. Nessa época a caatinga faz jus ao nome (“selva branca” em tupi). Um ecossistema único no mundo, composto de árvores de pequeno porte bastante espaçadas, que durante esse período ficam esbranquiçadas e quase sem folhas, facilitando o avistamento de animais como veados catingueiros,  guaribas , macacos prego, saguis, tatus, jacus, cotias, preás, serpentes, iguanas – e com muita sorte –  catetos e onças. Além de eles se destacarem na paisagem, pode-se localizá-los próximos aos pontos d´água manejados pelo Parque ou nas adjacências.

Entre os meses de dezembro e maio, a vegetação tinge-se de verde, flores e poços surgem na paisagem e a poeira e a secura diminuem um pouco, porém as trilhas sobre as pedras ficam mais escorregadias e o acesso a algumas atrações, bem como a contemplação de pinturas rupestres se tornam um pouco mais cansativos, porém totalmente executáveis.

Conclui-se, portanto, que o Parna da Serra da Capivara pode ser visitado o ano inteiro, dependendo das condições que você prefere encontrar. Calor é inevitável, chuva e composição da paisagem são opcionais.

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Conheça a Serra da Capivara – PI

Serra da Capivara
A capital da pré-história brasileira

Durante muito tempo, acreditou-se que a colonização da América havia se dado por volta de 12 mil anos atrás, quando  grupos de seres humanos atingiram o continente vindos da Ásia, atravessando o Estreito de Bering, de onde foram se espalhando pelo continente através dos séculos. Pesquisas recentes, entretanto, apontam ser pouco provável que isso tenha acontecido nessa época, eis que aquele corredor não possuía vida vegetal ou animal, ou seja, humanos que tentassem usar a passagem não teriam comida e outros recursos vitais para sobreviver à viagem.

Hoje, acredita-se que o atual território brasileiro foi povoado por homens muito tempo antes, entre 40 mil e 50 mil anos atrás. Segundo essas teorias mais recentes, especialmente as que envolvem pesquisas genéticas, identificaram-se traços de DNA de uma população relacionada aos atuais aborígenes australianos e nativos da Nova Guiné, entre o Sudeste Asiático e a Oceania, na formação de populações tradicionais brasileiras importantes, como os suruí, os karitiana e os xavante.

Dentre os países da América do Sul, o Brasil contribui com evidências muito significativas destas teorias para os estudos arqueológicos mais modernos, especialmente pelos estudos realizados nos estados de Minas Gerais e do Piauí. Neste último, foram descobertos por meio de estudos e pesquisas lideradas pela arqueóloga Niéde Guidon, ossos de animais pré-históricos, fragmentos de cerâmica, machados de pedra, fogueiras e o maior conjunto de pinturas rupestres a céu aberto do planeta, atualmente protegidos pelo Parque Nacional da Serra da Capivara.

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Feriado em São Miguel Arcanjo : Show de Mata Atlântica no Parque Estadual Carlos Botelho

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Atualizado em 23/11/2019

Seguindo na busca por lugares eco-interessantes no sudeste brasileiro ainda não descobertos pelas grandes multidões, compartilho com vocês mais um achado, dessa vez em terras paulistas:  São Miguel Arcanjo!

E bota “eco” nisso! Dos cerca de 1.200 muriquis existentes no Brasil hoje, mais de  800 estão no Parque Estadual Carlos Botelho, um dos mais ricos em vida selvagem do Estado de São Paulo, bem ali no coração de São Miguel. Juntam-se a eles mais de 200 espécies de aves em 37 mil hectares de matas primárias e secundárias em franca regeneração. Paraíso.

Criado em 1981 a partir da unificação de quatro unidades de conservação (Carlos Botelho, Capão Bonito, Travessão e Sete Barras) o parque é a atração mais bacana de São Miguel e hoje é reconhecido oficialmente pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Mundial Natural.

E Como todo bom parque estadual, o Carlos Botelho tem uma área bastante extensa, destinada à proteção de seu ecossistema, cuja finalidade é resguardar seus atributos naturais, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos científicos, educacionais e recreativos. E não é só: o Parque da Onça Parda e a Parque do Zizo são duas RPPNs vizinhas que valem a visita.

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Challenging your dreams e outras viagens pelo mundo

“Você sempre vai querer planejar melhor,
Nunca haverá dinheiro suficiente,
E o momento ideal não existe.
Portanto, encontre a coragem,
Tome uma decisão,
Prepare o quanto puder e
Vá adaptando o resto pelo caminho.
Será a melhor época de sua vida.”

Grace Downey, brasileira, nascida em São Paulo em 1977 e Robert Ager, inglês, nascido em Londres em 1965, são assim: apaixonados por viajar. Juntos já percorreram de mochila a  Europa, África, América do Sul e finalmente deram a volta ao mundo com o Challenging Your Dreams, um dos três projetos de trip que deram (ou estão dando) certo que eu curto muito seguir e vou compartilhar com vocês.

Vale a pena visitar o site do casal e conhecer a história, os perrengues e todas as dicas sobre viagens pelo Brasil e pelo mundo que eles têm para compartilhar. Como diferencial, na maioria do tempo eles optaram por acampar e viver uma vida mais simples, ao ar livre, consumindo pouca energia e minimizando o impacto ambiental do veículo e de sua própria presença. Para isso se aliaram ao Instituto Excelsa e foram viver seu sonho.

Na perna brasileira, rodaram mais 44 mil quilômetros usando esse roteiro, que pode inspirar qualquer um com tempo, disposição e dinheiro a fazer o mesmo. Amantes da fotografia, também lançaram um livro com imagens da expedição que dispensam comentários. Achei aqui por 85 mangos e asseguro: é incrível.

Tão bacana quanto está a viagem que o pessoal da Revista Trip está fazendo no projeto intitulado O Mundo é uma Kombi. Na busca pelo significado da felicidade, Felipe Costa (24 anos) e Emilio Zagaia (39) embarcaram em uma simpática Kombi verde e amarela batizada de “Caipirinha” em janeiro desse ano com destino às belas e pitorescas estradas que atravessam a América Latina. Na cabeça, 18 mil km e 17 países a percorrer, no que ao final se tornará a realização de um sonho antigo: viajar pela América e mostrar ao mundo que é possível ser feliz com simplicidade através de histórias de pessoas verdadeiramente felizes.

Tenho acompanhado bastante o blog dos caras e os posts, de periodicidade mais ou menos semanal, que são inteligentes, engraçados e cheios de informações, dicas e curiosidades. Realmente inspirador, é impossível não sentir vontade de viajar depois de ler algumas poucas linhas do blog. Impossível não delirar!

Outra que eu adorei conhecer, seguir, aprender e curtir muito foi a expedição do Viagens Maneiras. Velho conhecido dos mochileiros da internet, Gustavo Vivacqua percorreu 129.111 km, viajou 746 dias, visitou 46 países, tomou 279 cervejas diferentes, ouviu 32 idiomas, fez 91 diários de bordo, teve 13 idas ao hospital e 40 idas ao veterinário (seu companheiro de viagem é seu cão labrodoido Tapa!).

Melhor que isso, Gustavo assegura que não teve nenhum pneu furado, sofreu apenas uma extorsão policial em 18 batidas que sofreu, fez 8 viagens aéreas, 3 de container, pegou 19 ferry boats, perdeu o cachorro 5 vezes e – felizmente – não sofreu NENHUM furto ou roubo de dinheiro ou documentos. Já deu pra sacar que a trip foi um sucesso, né? Então acesse aqui o guia completo da viagem e se emocione com eles.

Duvido que só de dar uma olhadinha nos sites não brote aquela vontadezinha de pegar uma estrada…

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