Atualizado em 09/11/2021
Povo Varonil, matas floridas
Fontes e cascatas de belezas mil
O teu céu tem mais estrelas
És mineira És Brasil
Esses aí são os versos do hino de um dos lugares mais bonitos, românticos e agradáveis das Minas Gerais. Diferentemente das cidadezinhas mais conhecidas do sul de Minas, não há grandes lendas locais, tampouco centros históricos para visitar. Em Gonçalves, o lance é mais direto.
Sua história começa em 1878, na vizinha Itapira, onde um político de nome Policarpo Júnior cumpriu uma promessa feita a Nossa Senhora das Dores doando seis alqueires de terra de uma fazenda na divisa entre Minas e São Paulo, para construção de uma capela de sapé e taipa. Residiam no local três colonos matreiros de nome Mariana Gonçalves, Maria Gonçalves e Antônio… Gonçalves. Os três deram início ao povoado que cresceu lentamente até a Revolução de 1932, quando serviu de entreposto para movimentação de tropas rebeldes e daí pra frente só cresceu. Há, inclusive, um modesto museu aberto ao público em geral, dentro da Pousada do Quilombo, no local onde uma enorme trincheira foi construída para defender os soldados paulistas. Vale dar uma passada por lá quando estiver a caminho de Gonça (hoje, aquele trecho faz parte da vizinha São Bento do Sapucaí) para conhecer instrumentos, equipamentos e recortes de jornal da época.
Hoje, Gonçalves vive do turismo ecológico e da terra. Tem IDH um pouco abaixo da média nacional, mas seu crescimento é 50% maior que a média mineira e brasileira. Pousadas, restaurantes, pequenos hotéis, ateliés e produtores orgânicos de especiarias, geléias, doces e agropecuária vem surgindo com força na região. Se você for pra lá, esqueça turismo de artesanato, religioso ou histórico: Gonçalves é pura mata e comida mineira.
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