Guia Mão de Vaca : Campos do Jordão – SP

ATUALIZADO!   Atualizado em 29/04/2023

Não, não é impossível. Campos também existe para quem não vai de Harley Davidson!

Para o mochileiro que prefere belezas naturais aos shopping centers, sempre haverá espaço para curtir o que as cidades da Mantiqueira nos reservam de melhor: cenários maravilhosos de muito verde e caminhadas agradáveis em meio a fauna e flora exuberantes. Campos é muito mais que badalação, refeições de três dígitos e carros importados.

De bom e barato, Campos do Jordão se destaca na paisagem. A primeira coisa a fazer é parar no Portal de Entrada da cidade e pegar o guia atual. É muito melhor que ficar procurando mapas na internet, gastando papel para imprimir roteiros ou fazer anotações que você vai perder. Todo ano um novo guia é editado, às vésperas do festival de inverno, de forma que você sempre terá informações atualizadas e um bom mapa em mãos, com dicas de restaurantes recém-inaugurados e informações atualizadas dos passeios. 

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Conheça o Amazonas: seu guia cidade/selva para explorar a Amazônia

Naquela dilatação maravilhosa dos horizontes, banhados no fulgor de uma tarde incomparável, o que eu principalmente distingui, irrompendo de três quadrantes dilatados e transcoando-os inteiramente – ao sul, ao norte e a leste – foi a imagem arrebatadora da nossa pátria que nunca imaginei tão grande
                                                                     Euclides da Cunha, Um Paraíso Perdido.
Conhecer a Amazônia é conectar-se com o que a natureza tem de mais belo e brutal, mergulhar no Brasil profundo, rico, exuberante e autêntico.
E conhecer a Amazônia pelo Estado do Amazonas é superlativo em todos sentidos: o maior Estado do país em extensão territorial, com uma área de 1 559 146,876 km², é maior que as regiões Sul e Sudeste juntas. É mais do que os territórios de França, Espanha, Suécia e Grécia juntas. E que riqueza!
No roteiro que narro a seguir, de quinze dias, apenas arranhei esse naco de terra maravilhoso e fiquei impressionado com tudo que vi, vivi e aprendi. Os incríveis restaurantes, museus e parques de Manaus, as caminhadas na selva, os banhos e passeios de barco naquela imensidão de rios, a cultura dos ribeirinhos, seringueiros e indígenas, o contato com as exuberantes fauna e flora amazônicos. Experiências que não tem preço.
E por falar em preço, vamos ao que interessa: viajar pelo Amazonas é caro? É. Mas é despropositadamente caro? Não. Entender o porquê não é óbvio, mas é simples: numa área de proporções tão gigantescas, cujo principal meio de deslocamento é fluvial, a questão é a praticidade. Você pode ter muito tempo, deslocar-se numa canoa e gastar nada ou pode se valer da tecnologia, viajar de avião e barcos à motor, conhecendo mais coisas em menos tempo. E é por isso que comparar uma trip pelo Amazonas com orçamentos para destinos internacionais, como uma caminhada pelas ruas de Lisboa ou descansar um resort no Caribe, não faz o menor sentido.
Além da questão financeira, decidir viajar para o Amazonas é uma questão de experiência. Nada do que você viverá na maior floresta tropical do planeta se compara a experiências culturais no Velho Mundo ou comer lagosta num mar de águas cristalinas. Todas essas viagens têm seu valor, seu custo, seu retorno, sua marca. A proposta aqui é de uma viagem que vai mudar a sua cabeça para sempre, expandir sua ideia de Brasil, enriquecer a sua vida. Quem vê um rio do porte do Amazonas de pertinho, atualiza todas as suas definições de grandeza. Quem experimenta um peixe amazônico fresco, nunca mais vai comer tilápia do mesmo jeito. Quem enxerga aquele tapete verde da janela do avião pela primeira vez, jamais vai caminhar num parque da mesma forma. Tudo vai mudar! E você pode fazer isso sem abrir mão de conforto, sem endividar-se por décadas, sem correr riscos desnecessários.
Mas como planejar tamanha jornada se você nunca fez nada parecido antes? O roteiro que escolhi, para ficar claro, contempla o máximo de experiências marcantes, num tempo razoável e gastando o mínimo necessário para realizá-las sem sofrimento, com segurança, diversão e aprendizado. As dicas e relatos, no entanto, permitem adaptar o roteiro se o seu objetivo for um mochilão super econômico ou mesmo podendo gastar um pouco mais.

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Reveillon Mineiro, Dia 03: Ouro Preto, Mariana e Mina da Passagem

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A viagem noturna foi tranquila. Do Inhotim a Ouro Preto levamos cerca de 2,5 horas, com trânsito mais pesado apenas nos 13km que ligam o Instituto até Brumadinho e em alguns poucos trechos da BR-356 onde havia alguma concentração de caminhões. Muito tranquilo de se fazer, mesmo à noite, desde que em velocidade compatível com a via e sem pressa. No caminho, fizemos uma boquinha no Sabor Smoke, localizado no Km 55.5, região de Itabirito. Um pão de queijo com lingüiça espetacular e uma coca bem gelada nos deram uma boa animada para seguir em frente!

Chegamos à Pousada Geraes por volta das 21h, um tanto cansados da pernada diurna. Muito bem recepcionados, pudemos escolher os quartos que mais nos agradaram, pois o local estava vazio (os dias entre o Natal e o Reveillon são muito tranquilos na região!). A pousada fica bem próxima da entrada da cidade, o que é bom porque fica numa área bem silenciosa e tranquila, com uma boa vista do centro histórico (a foto acima é da janela de um dos quartos) mas provavelmente há quem não goste da localização, que obriga os hóspedes a descerem de carro para o centro. Os quartos são simples, mas bem limpos e confortáveiscom frigobar e TV. O único ponto negativo, certamente , é o estacionamento: entrada apertada, no trecho mais inclinado da ladeira, que dá um bom trabalho para encaixar um carro grande como a Dobló em que estávamos. Para evitar a fadiga, optamos por deixar o carro na rua todos os dias e não houve qualquer problema.

Logo na primeira noite, acertamos em cheio no boteco: bar do Hotel Toffolo. Comida espetacular e atendimento nota dez num local que é referência histórico-cultural da cidade e ponto de encontro mais do que obrigatório na vida noturna de Ouro Preto. Se voltar a cidade algum dia, quero ficar hospedado ali.

Ao amanhecer do terceiro dia, tomamos um café longo e gostoso na pousada, sem muita pressa, porém bastante ansiosos por um dos lugares que tínhamos mais vontade de conhecer: a Mina da Passagem! E justiça seja feita: foi o post da Silvia do Matraqueando que me animou a conhecer o local. Agradeço imensamente.

Mina da Passagem: Ouro Preto - Mariana

Um dos passeios mais interessantes de quem vai a região de Ouro Preto e Mariana é visitar essa antiga mina de ouro, a maior aberta à visitação do mundo. Explorada desde 1819, está muito bem conservada e ainda possui parte do maquinário antigo, que ajudou a retirar mais de 35 toneladas de ouro do local.  Com temperaturas de 17º C a 20º C em seu interior, os amplos salões impressionam, especialmente o último da visitação, que possui um lago de água cristalina (e gelada).

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