Lugares bacanas em São Paulo (1) Padaria Santa Tereza

Tá. Já que não consigo arrumar tempo para fazer um post minimamente interessante, vou atacar de pílulas da capital paulista.  E vou começar por uma das atrações mais queridas de São Paulo: a gastronomia. Antes, um aviso: não esperem de mim recomendações cinco cifrões, restaurantes franceses, clube do picadinho ou similares. Eu curto mesmo é baixa gastronomia: butecagem honesta, padocas sinceras, pizzas de borda grossa e recheada, hamburguerias distintas e beberologia aplicada.

Objetivamente, abro com um clássico: Padaria Santa Tereza. É, tão clássico que nem site tinha até bem pouco tempo atrás – confira – coisa que se espera de um estabelecimento que se estabeleceu (hehe) em 1872. Está ali na Praça João Mendes, entre prostitutas, bancas de flores e advogados, atrás da Catedral mais bonita do Brasil.

Frequentadíssimo pelos nobres causídicos que habitam as repartições próximas, a festejada padaria é a mais antiga de Sampa e uma das mais movimentadas durante a semana. Há quem conte mais de cinco mil pessoas ao dia, a maioria atrás de doces suculentos, dos salgados premiados e dos lanches generosos que são servidos no térreo. Mas o tesouro está ainda mais escondido: logo na entrada à esquerda ou um pouco mais à frente pelo elevador estão os acessos ao suntuoso piso superior, com piso e móveis de madeira, ambientado no século XIX e ricamente decorado com fotos da época. Detalhes aqui.

O cardápio é variado e deve ser conferido in loco, mas desde logo recomendo o Filé Oswaldo Aranha e o Parmegiana. Este, calórico ao extremo, empanado com aquele bom e velho farelo de pão italiano e carregado de tempero do molho. Aquele, com alho bem picado e no ponto certo. Tão obrigatória quanto, é a coxa-creme servida no térreo. O salgado sai a quatro mangos e os filés variam de 20 a 40 pilas, para duas pessoas. Falam muito também da canja e dos risotos, a conferir.

Só um detalhe: como quase tudo no centro, fecha às 22h durante a semana, mas atende apenas até às 20h aos sábados e domingos. Apesar do horário reduzido, vale mais à pena ir no findi, porque os pratos são preparados com calma e servidos com mais esmero. Como merecem.

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