Para quem vem de Sampa City, recomendo seguir pela Fernão Dias até Bragança Paulista e de lá pegar a estrada que segue para Socorro. Em Socorro é só seguir 6Km até o trevo de Bueno Brandão. De lá são mais 14km a BB, metade de terra em boas condições. Atenção:existe apenas uma placa indicando o caminho no trevo, apontando para o Bairro de Lavras e Bueno Brandão. O trecho de terra é absolutamente tranquilo para qualquer 4×2.
Para lá, recomendo ir de carro. As estradas são longas, as atrações são distantes, a sinalização é bastante precária e em vários trechos simplesmente inexiste. Os caras ainda estão engatinhando no ecoturismo e mesmo o Centro de Informações Turísticas não fornece informações confiáveis. Me deram um mapa lá em novembro de 2009 que não marcava distâncias, nem nomes de ruas ou bifurcações, ou seja, de nada servia. O melhor mesmo é escolher as atrações previamente e sair perguntando aos locais, sempre muito prestativos porém com uma noção de distância um tanto peculiar. Encha o tanque. rs
Por lá visitei boa parte das atrações principais. Algumas deram trabalho, outras não. Vamos lá:
* Cachoeira do Machado I e II: A Machado I é legalzinha, mas a II é a que vale a viagem. Essa é fácil, fica na estrada Socorro-Bueno Brandão. Saindo do centrinho de BB, siga por 10Km quando verá uma placa indicando as cachoeiras. Chegando na segunda, lá há uma portaria que cobra duas pratas pela entrada (propriedade particular) mas vale a pena: o local é limpo, organizado, fica em área verde fechada e tem 80m de queda. Há quem desça de rapel. Tem infra-estrutura com banheiros e bar.
* Cachoeira do Félix: Também da estrada Socorro-Bueno Brandão. Saindo do centro, mais ou menos 6km adiante há uma bifurcação à esquerda onde há uma placa indicando algumas pousadas e o caminho da cachoeira. Também cobra dois mangos para entrar, tem estrutura e poço para banho. É um pouco menor que a Machado II, mas tem bastante água (gelada!) e dá pra ficar tranquilo ali. Também tem infra-estrutura com banheiros e bar.
* Cachoeira do Luis: Saindo do centro, pegue a estrada para Munhoz e siga por cerca de 8 Km. Haverá algumas placas com indicações para seguir em frente até que uma indicará virar à esquerda, cuja estrada desemboca numa pequena vila. Acabando as casas (a última é um bar) vire à primeira à direita e continue seguindo as placas. A cachoeira é muito bonita, tem duas quedas com mais ou menos 50m de queda, tem a melhor infra-estrutura da região, conta com pousada, restaurante (carinho), cabos de tirolesa, instrutores de rapel e uma criação de avestruzes (divertidos os bichinhos). É de longe a atração mais estruturada da cidade e cobra cinco mangos de entrada. Logo à frente, na mesma estrada, há uma placa indicando o acesso para a Cachoeira das Avestruzes (ou Vale dos Avestruzes). É bem pequena, mas fica num local bem agradável e é boa para banho. Cobra R$2, mas não oferece qualquer estrutura.
* Cânion do Esmeril: procurei, procurei, procurei e… não achei. As indicações que peguei na internet e no posto de informações turísticas não funcionaram. Diziam para pegar a estrada para Munhoz, andar 1,5km, virar à esquerda no barzinho e seguir mais 10km. Teoricamente haveria a cachoeira do Mergulho e mais à frente, com distância ignorada, estaria o cânion. Perguntamos para as poucas pessoas andando por ali mas não souberam informar. Havia uma festa rolando num dos barzinhos e os presentes também não sabiam informar. Só disseram para ir até a pedreira e perguntar ali, mas não tivemos sucesso. Se alguém conseguir chegar e vale a pena, por favor informe!
* Pico da Torre: essa deu trabalho mas valeu a pena!! As indicações do acesso diziam para seguir as placas até o Bairro Guabiroba por cerca de 13km. Lá no bairro as indicações eram de seguir em frente e perguntar nas bifurcações. Há diversos relatos em blogs de que é difícil de achar e o que descobrimos é que é mesmo, hehehe. Mas enfim, o fato é que ao chegar ao pequeno Guabiroba, não há qualquer placa e não vimos praticamente nenhum morador para pedir informações. Os poucos que encontramos informaram que deveríamos seguir em frente, virar à esquerda, direita, seguir até a árvore tal, virar à esquerda de novo, tomar cuidado com a estrada e por aí vai. Tentamos, mas não havia mesmo qualquer placa para ajudar e a estrada era tão ruim quanto diziam, cheia de bifurcações e buracos. Na volta, seguimos o conselho de um carroceiro de não tentar esse caminho, mas seguir por um mais longo, à leste do bairro, que era mais fácil de chegar. Voltamos ao começo da vila e tomamos à esquerda (olhando sentido centro de BB) numa pequena ponte e começamos a subir, sempre reto, sempre na estrada principal. Cerca de 7km depois um garoto confirmou que por ali chegaríamos ao pico, mas que tivéssemos paciência e atenção, para não errar a entrada, sinalizada por uma porteira. O problema é que ninguém lá sabe a distância e há “algumas” porteiras no caminho. Contei por volta de 17km no total a partir da ponte, quase no alto de uma estrada que fazia uma grande curva à direita. Por muita sorte vimos um carro saindo de uma porteira sem sinalização e perguntamos: “É aqui mesmo! Só seguir em frente!”. E seguimos mais alguns quilômetros até onde o carro chegou. Lá em cima há uma clareira onde dá pra deixar o carro tranquilo e sobe-se mais uns 10 minutos à pé até a torre. Acreditem, o visual compensa todo o esforço e a aventura e vale a pena esperar o pôr-do-sol! Imagino que há quem acampe ali, pois vimos restos de fogueiras em volta da torre. Na volta, passe no camping do vinho no mesmo bairro Guabiroba e troque uma idéia com os locais tomando um vinhozinho. Passeio bacana que vale a pena, desde que você tenha paciência para achar o rodar.
* Onde comer/ficar: no centro, comemos no Restaurante “Ô Cumpadi” e no “Cheiro Verde”, ambos perto da matriz, sendo o segundo mais bacana que o primeiro, mas ambos suficientes para matar a fome antes de encarar as estradinhas e com preços bem honestos. O café da manhã tomamos todos os dias na excelente Pousada da Tia Nirta. Lá a estrutura é bem legal, com chalezinhos muito limpos com tevê e chuveiro quente, roupa de cama engomada, sala de convivência com cozinha equipada, forno a lenha, mesa de pebolim, televisão, café da manhã reforçado e um pão de queijo caseiro bem legal. A diária é paga com uma nota azul de cem e vale para o casal. Vale a pena também jantar na pizzaria da pousada Vizinho das Estrelas, que serve uma pizza apenas razoável, mas num local bem bacana e atendimento legal. Fica no Km 3 da Estrada BB – Socorro. De resto, dá pra comer porções simples nos bares das cachoeiras e sempre tem algum bar com cerveja gelada, tudo baratinho. Ah sim, para os adeptos, a cidade conta com vários campings, alguns aparentemente bem estruturados. Vale a pena pesquisar no orkut e no google antes de ir.
Foi uma viagem curta, de três dias, mas deu pra ter uma boa idéia da cidade. O centro é bem pequeno, porém a área rural é bem grande e tem mais de 30 cachoeiras (há sinalização em menos da metade delas). Mesmo assim acho que vale a pena a visita para descansar dessa vida de cidade grande. Não pudemos fazer a trilha da cascavel pois um dos companheiros de viagem comeu queijo demais no dia anterior…rs… mas deve valer a pena pois me disseram que passa por 7 cachoeiras, caminhada pesada e cênica etc. A noite na cidade é tranquila, ideal para casais que ficam nos restaurantes das pousadas ou do centrinho, mas para os que buscam mais diversão a cidade vizinha de Socorro deve garantir mais agito. No mais, é um bom retiro próximo de São Paulo e que vale a visita antes de ser invadido pelos turistas…
Grande João, valeu! Voltei pra lá nesse último feriado de Semana Santa e tudo continua lindo! Infelizmente não pude checar sua valiosa dica, porque fiquei hospedado em Socorro e só dei uma passadinha em Bueno. Mas assim que voltar eu verifico! 🙂
fala ai!
tava lendo ai os comentarios sobre bueno e vi que você nao conseguiu chegar no canion do esmeril né
realmente as informaçoes sao ruins la
eu moro em bueno faz quase dois anos e ainda estou descobrindo todos esses lugares
para descobrir esse canion eu tive que passar por um dos dias que mais andei em minha vida pois fui a pé. tive que contornar toda a montanha desnecessariamente e subir um pasto imenso.
para chegar la é so ficar atento a sua esquerda pois a estrada de entrada é bem discreta.
essa entrada a esquerda, se nao me falha a memoria fica a mais ou menos 1 km depois da parte do bairro onde tem um barracao e uma igrejinha, fica ainda na parte de subida da estrada e é antes da cachoeira do mergulho. essa entrada passa bem embaixo de uma pedrona que é facil de se ver de longe.
espero que ajude em alguma coisa se um dia resolver voltar pois pode ter certeza que o lugar é inesquecivel, quando voce começa entrar la parece que esta dentro de um filme mítico de aventuras.